SEMANA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO
JÁ REALIZOU A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA?
POR MARLI DIAS RIBEIRO
Avaliar exige coragem, escolha e determinação. Exige olhar o outro, se olhar e se conscientizar. Nesse rumo, ao
abordamos o tema avaliação, os debates sempre passam pelos resultados de provas,
tabelas, gráficos de aprovação, reprovação, e dados dos exames de larga escala
como o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Entretanto, na escola todo coletivo pode ser objeto de avaliação, constituindo
a avaliação das aprendizagens uma parte da avaliação do sistema educativo mais debatida e necessária. Cabe
frisar, que apesar de estar associada a testes, muito das atividades avaliativas
envolvem aspectos subjetivos, e mais que medir, o debate sobre as questões
éticas e técnicas devem existir. Todos devem fazer parte desse processo.
Avaliações
que fazem um percurso em testes padronizados e resultados métricos são as
mais comuns no Brasil. Por outro lado, se faz necessário considerar que os
resultados obtidos na escola são frutos de um conjunto de fatores que estão
além das provas e das taxas obtidas nas estatísticas. Essa lacuna deixada pode
ser preenchida quando o professor e a escola realizam uma avaliação DIAGNÓSTICA efetiva, FORMATIVA e participativa no início do
ano letivo.
O
principal sistema de avaliação implantado no Brasil é o SAEB (Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica). Ele iniciou na década de 80 e conjuga
testes em formato de provas e questionários para estudantes e escolas. As amostras abarcam todo o país, passando por
regiões, estados e municípios para escolas públicas e privadas. Podemos dizer que
se trata de uma avaliação diagnóstica, mas, os resultados abrangem apenas
português e matemática, já no final das etapas de ensino, nos últimos anos.
Outro
aspecto a destacar é que o SAEB possui maior base de dados para o Ensino
fundamental e em alguns casos a realização das provas são por censo. No caso do
Ensino Médio, alcança apenas as redes Estaduais e o ENEM, (Exame Nacional de
Ensino Médio) possui outro formato avaliativo.
Diante
desses dados, fica evidente que para a escola é de muita importância organizar e
realizar sua própria avaliação diagnóstica. A criatividade na sua aplicação e
forma de aplicação mostra-se diversificada, passando por provas, testes, rodas
de conversa, produção de textos, entre outras. Não estamos apontando que os exames já
realizados em larga escala não sejam importantes. O fato a se refletir é a sua
generalidade. Uma avaliação mais contextualizada, mais específica, produzida
pelo coletivo da escola, por seus professores, certamente servirá como
ferramenta fundamental para a organização curricular e sua adequação,
assegurando de forma mais específica a comunidade escolar atendida.
A
ideia é iniciar o ano letivo, o bimestre ou um novo conteúdo, mais consciente dos principais conhecimentos dos
alunos e suas necessidades, para implementar um planejamento com informações
acertadas e claras a fim de orientar o processo de ensino aprendizagem. Desta forma,
pode-se recorrer a momentos diversos de avaliação diagnóstica, tais como no
início de um novo tema, unidade de ensino ou sempre que ficar evidente sua
necessidade.
Prepare
seu planejamento de forma consciente inserido uma AVALIAÇÃO FORMATIVA E
DIAGNÓSTICA. Avalie sua turma, seu
trabalho, seu planejamento e as possibilidades de avançar na aprendizagem de seus alunos serão muito maiores.
Uma
avaliação refletida pode promover novos horizontes ao do professor, á
escola, sendo, portanto, aliada de todos.
PARA
SABER MAIS:
FREITAS
VILLAS BOAS, Benigna Maria de. Avaliação formativa e formação de professores:
ainda um desafio. Linhas críticas, v. 12, n. 22, 2006.
ROSADO,
António; SILVA, Catarina. Conceitos básicos sobre avaliação das
aprendizagens. Pedagogia do Desporto–Estudos, v. 6, 1999.
IMAGEM: Internet
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