SÍNDROME DO DESCASO EDUCACIONAL:
Sintomas crônicos da Educação Brasileira
Por Marli Dias Ribeiro
Os
dados da educação brasileira revelam como exames clínicos uma patologia crônica que
afeta a educação de todo país. Resultados do censo escolar, inclusive os de
2017, e os anteriores dos últimos 10 anos, indicam uma taxa altíssima de evasão
e abandono, entretanto, apesar do diagnóstico da doença crônica conhecida por SÍNDROME DO DESCASO EDUCACIONAL, praticamente
nenhuma atitude é efetivamente tomada.
Esse mal é contagioso e atinge principalmente as redes municipais de ensino da Educação Básica e até algumas capitais. A baixa qualidade, a desvalorização do professor e de sua formação, a infraestrutura escolar precária são os sintomas mais evidentes.
Esse mal é contagioso e atinge principalmente as redes municipais de ensino da Educação Básica e até algumas capitais. A baixa qualidade, a desvalorização do professor e de sua formação, a infraestrutura escolar precária são os sintomas mais evidentes.
Os males dessa síndrome são variados. Aparecem no espaço escolar, sobretudo na sua
infraestrutura onde as escolas continuam na idade da pedra. Em pleno século XXI
apenas 41,6% possuem rede de esgoto. Situação agravada no Acre, Amazonas e
Roraima. Ainda temos escolas que jogam o
esgoto nos rios, escolas que usam poço ou cisterna, e a incrível marca de 10%
das instituições que não possuem energia nem rede de esgoto. Computadores com
internet nas escolas ainda continuam nas nuvens. A inacreditável marca de que 65,5%
das escolas de Ensino Fundamental não possui conexão com a internet, nem Banda
larga, nem internet rural, e muitas nem telefone. Os sintomas são gravíssimos
em muitas escolas rurais.
A
formação precária e a desvalorização dos profissionais da educação intensificam o quadro da
síndrome tornando os demais sintomas ainda mais graves. Muitos dos professores
recebem salários insuficientes para sua subsistência e não possuem condições de
atualizarem-se. A questão cultural aumenta a desvalorização se compararmos os
ganhos de outros profissionais com nível superior com salários muito melhores. Falta compromisso do Estado com a carreira magistério.
A cura
definitiva da SÍNDROME DO DESCASO EDUCACIONAL
já foi descoberta em vários países. Como exemplo podemos citar a Finlândia.
Nesse pais o salário do professor é digno e gira em torno de 3 mil euros. Todos os
professores possuem mestrado, os processos de seleção são rigorosos e existe um
período de pré-contratação. Todos os alunos com dificuldades têm atendimento
diferenciado e são acompanhados com reforço. Estudam mais de 6 horas por dia.
A educação pública da Finlândia recebe altos investimentos, é estimulada e valorizada. O país é o quinto melhor em inovação tecnológica do mundo. A cura começou com a reforma educacional em 1968 e hoje ocupa o topo das avaliações internacionais, inclusive o PISA ( Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
A educação pública da Finlândia recebe altos investimentos, é estimulada e valorizada. O país é o quinto melhor em inovação tecnológica do mundo. A cura começou com a reforma educacional em 1968 e hoje ocupa o topo das avaliações internacionais, inclusive o PISA ( Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
A
transformação para esse conjunto de sintomas podem nos ajudar a iniciar uma
educação que esteja de fato inserida nas competências do século XXI. Se vacinas de consciência política, com seus devidos reforços não FOREM distribuídas e aplicadas em todo país do futebol; se o uso contínuo de voto
certo e gestão democrática não se fizerem presentes no Brasil da copa do mundo, continuaremos doentes, muito doentes, e não será apenas dos pés, que amam a bola, mas de uma síndrome curável que se chama
DESCASO EDUCACIONAL.
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