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terça-feira, 21 de maio de 2024

Nas trilhas com o Lobo Guará: Construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série




Nas trilhas com o Lobo Guará


Se não posso estimular sonhos impossíveis, não devo
negar o direito de sonhar com quem sonha.
Paulo Freire



                                                                          Por Marli Dias Ribeiro e Lucicleide Araújo
 


    O livro “Nas trilhas com o Lobo-Guará” reúne ensaios inéditos de escrita criativa sobre os processos de ensino e aprendizagem, construtores de saberes e semeadores de sonhos de toda a comunidade escolar do Centro de Ensino Médio do Guará. É um livro que foi pensado e elaborado de modo detalhado e com muito carinho pelos pesquisadores do Projeto Líber – Laboratório Interdisciplinar de     Metodologias Educacionais – juntamente com a equipe gestora. É uma fonte de expressão das experiências vivenciadas, bem-sucedidas e que provocaram transformações profundas nos sujeitos que trilharam o chão da escola. Elaborado por meio de uma linguagem simples, criativa, o livro é a expressão mais pura e genuína da sabedoria vivida pela comunidade. Construção histórica das pessoas que trilharam caminhos, perpassando dificuldades, desafios, mas que fizeram história e deixaram as suas marcas, acreditando na máxima da não existência de estudantes fracassados, movidos sempre por uma certeza esperançosa de que a Educação é o instrumento de transformação. 

    O livro pretende a desafiadora tarefa de apresentar a distorção idade-série a partir do ponto de vista de quem a experienciou, seja como estudante, como professor/a, como gestor/a, como comunidade. Trata-se de uma construção de saberes, de vida e de sonhos que procurou caminhar fora de uma ótica de padrões e de contornos convencionais, do que ordinariamente é publicado acerca do atraso escolar, que afeta um número expressivo de estudantes da Educação Básica. 

Os autores que fazem parte da obra se uniram e se reuniram para ampliar a liberdade do fazer pedagógico, do refletir e do pensar a educação mediante a evidência de suas narrativas, histórias de vida reais e sonhos permeados de fertilidade, de significado e de sentido. A preocupação em relação às técnicas apuradas parou na sombra da lobeira, mas a sensibilidade das vivências nos arrancou do descanso. E como ensina Larrosa (2021)12, buscamos dignificar a experiência, não coisificá-la, retirar o dogmatismo e pensar que toda experiência nasce a partir da paixão e não da ação. 

    Assim, apaixonados, seguem pelas trilhas apresentadas os saberes constituídos para indicar possibilidades de encantamento pela educação e pela vida. Toda a constituição da obra teve como fonte de inspiração a Pedagogia Alpha, no sentido que de nossa presença teve também como pressuposto um encontro dialógico, e como finalidade a formação de professores, sustentável e sensível, e o processo pedagógico, comprometido, competente e transformador (Síveres, 2019).

1 LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

Coleção: Experiência e Sentido.

2 SÍVERES, L. Pedagogia Alpha. Presença, proximidade, partida. Curitiba: Publishing, 2019.


Link da obra completa: Nas trilhas com o Lobo Guará: construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série


terça-feira, 9 de novembro de 2021

EDUCAR NA ERA DIGITAL: a escola pensando e fazendo gestão do conhecimento

 

EDUCAR NA ERA DIGITAL: a escola pensando e fazendo

 gestão do conhecimento 

                                                                                                          Por Marli Dia Ribeiro 

 

O mundo mudou e a educação precisa e deve acompanhar os contextos de transformação ou pode deixar de oferecer aos estudantes as habilidades e expressões dos novos tempos.


A sociedade e a escola não podem estar separadas e, hoje esta relação se manifesta nas redes sociais e de  partilha,  em comunidades  virtuais,  nos blogues e nos espaços de construção coletiva das novas narrativas de conhecimento, isso exige habilidades importantes para estudantes e educadores. 

 São várias as habilidades que precisam ser trabalhadas e desenvolvidas. Destacamos as que foram explicitadas por W. Tony  em sua obra  Educar na era digital. Assim tronar-se fundamental que os espaços educativos trabalhem em: 

  • Habilidades de comunicação:  precisamos incluir habilidades de comunicação em mídias sociais, em   comunicação tradicionais de ler, falar e escrever de forma coerente e clara. Exemplos como criar um pequeno vídeo no YouTube para capturar a demonstração de um processo, fazer um discurso de vendas e desenvolver a oratória na e fora da escola;
  •  Capacidade de aprender de forma independente: isso significa assumir a responsabilidade de planejar o que você precisa saber e encontrar esse conhecimento.  É um processo contínuo porque a base do conhecimento está em constante mudança. Procure aprender  e ensinar novas maneiras de fazer as coisas, ou aprender quem são as pessoas que você precisa conhecer para fazer o trabalho;
  • Ética e responsabilidade: são necessárias e essenciais para construir a confiança (particularmente importante em redes sociais informais), mas também porque geralmente é positivo em um mundo onde há muitos jogadores diferentes, relações éticas e responsáveis  asseguram um mundo mais solidário para todos;
  • Trabalho em equipe e flexibilidade:  embora muitos trabalhadores do conhecimento trabalhem de forma independente ou em pequenas empresas,  dependem  fortemente  da  colaboração  e  da  partilha  de  conhecimentos com outras pessoas em organizações relacionadas, mas independentes. Em particular, os trabalhadores do conhecimento, professores e outros,  precisam  saber  como  trabalhar  de  forma colaborativa, virtualmente e a distância com colegas,  e parceiros na solução de problemas e criação de novas possibilidades.
  • Habilidades de pensamento (pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade, originalidade e elaboração de estratégias):  de todas as habilidades necessárias em uma sociedade baseada no conhecimento, estas são algumas das mais importantes. Negociadores,
    em particular, são cada vez mais solucionadores de problemas, em vez de seguir processos padronizados, que tendem a se tornar automatizados.
  • Competências digitais: a maioria das atividades baseadas no conhecimento depende fortemente do uso de tecnologias.  A questão-chave é que essas habilidades precisam  ser  incorporadas ao domínio do conhecimento em que a atividade ocorre. Assim, o uso da tecnologia digital tem de ser integrado e avaliado por meio da base de conhecimentos da área;
  • Gestão do conhecimento: esta é talvez a mais abrangente dentre todas as habilidades. O conhecimento não só está mudando rapidamente com as novas pesquisas, novos desenvolvimentos e rápida disseminação de ideias e práticas por meio da internet, mas as fontes de informação também estão aumentando, com uma grande variabilidade na confiabilidade ou validade das informações. A habilidade fundamental em uma sociedade baseada no conhecimento é a gestão do conhecimento: como encontrar, avaliar, analisar, aplicar e divulgar informações em um contexto particular.

    Por fim, o desenvolvimento destas habilidades é um processo coletivo que deve ser construído a partir do diálogo e da colaboração de toda comunidade. 




Fonte: W. (TONY) BATES -EDUCAR NA ERA DIGITA: design, ensino e aprendizagem. As competências necessárias na sociedade do conhecimento (adaptado da CONFERENCE BOARD OF CANADA, 2014):

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Dica de leitura- A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC

            

A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC



Marli Dias Ribeiro


             Com o advento da nova Base Nacional Comum Curricular, pensar em gestão escolar e em gestão da sala de aula quanto a seus aspectos pedagógicos se mostra uma questão relevante, sobretudo ao enfatizá-las como elementos que podem direcionar a escola às dinâmicas intrínsecas aos processos de ensino e aprendizagem.

         As relações estabelecidas em sala de aula, a organização do espaço da sala, os planejamentos realizados pelo docente são questões interligadas aos processos da gestão escolar e importantes fatores para que as aprendizagens se concretizem.

            Para Tardif (2002), ao entrar na sala de aula, o professor coloca-se diante de seus alunos, criando condições e esforçando-se para estabelecer relações, interações, saberes. Essa atividade docente rotineira atravessa o espaço de sala de aula, perpassa outros espaços da escola, revela valores, orienta relação com a turma e com outros pares, apresenta-se em toda a escola, e a gestão escolar agrega esse conjunto de relações. Assim, a gestão escolar e a gestão de sala de aula são indissociáveis quando a aprendizagem do estudante é colocada em questão.

    Ao considerarmos o currículo como norteador da gestão, este artigo toma como referência o que traz a BNCC, mostrando que: as competências e diretrizes são comuns, os currículos são diversos. O segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, a LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a serem ensinados (BRASIL, 2018, p. 11).

    Para esperançar é sempre indispensável refletir  a gestão da sala de aula e a gestão da escolar como  essenciais quando o enfoque perpassa uma educação que inclua e que seja de qualidade. Pouco se tem debatido sobre este entrelaçamento tão importante  para a BNCC e   para os currículos. 



O artigo completo pode ser lido em: http://revistas.anec.org.br/index.php/revistaeducacao/article/view/272

REVISTA ANEC



    

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

ETHOS, A ÉTICA PERDIDA É ENCONTRADA NA ESCOLA


Ethos, a ética perdida é encontrada na escola


Sem competência ética hoje, não haverá profissional ético amanhã. Precisamos começar.

Por Marli Dias Ribeiro




A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos e atitudes dos homens. Também pode ser entendida como sendo uma reflexão sobre o valor das ações sociais, coletivas, consideradas em dada sociedade. Requer de cada um de nós o exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes vigentes (RIBEIRO, 2018). 

Ao nos depararmos com o compromisso do trabalho educativo engajado e imerso em ideias sociais, transformadoras e democráticas estamos vinculados ao desenvolvimento de ações que superem o individualismo, e dê espaço a ética. 
Será que perdemos a noção do bem comum, das virtudes, do amor ao próximo em nossa ação pedagógica?  Acredito que não. Vejo um brilho de alegria nos olhos dos alunos ao concluírem um ano letivo ou ao voltarem das férias a cada início de ano letivo. Essa esperança nos motiva a redescobrir a ética.

Sem ética a excelência profissional passa a ser um número sem sentido, uma meta sem propósito.  Avançar numa trajetória de valores passa por  desenvolver sentimentos de acolhimento, ajuda ao próximo. O ambiente escolar é bastante favorável a essas práticas. Nós, professores,  carregamos essa competência e compartilhamos com nossos estudantes  todos os dias. Ela não está perdida para nós, talvez, para alguns possa estar adormecida, mas é certo que acordará com o grito e o sorriso das crianças.

A ética, pedra preciosa na sociedade atual, nas escolas não pode faltar, sejam nas competências, atitudes e valores. Creio não existir bons profissionais que não sejam pessoas com estímulo pessoal contínuo a buscarem ser cada dia melhores. 
De fato, ao observamos os eventos políticos, econômicos, as crises em todo Brasil e no mundo compreendemos que ainda carecemos em romper paradigmas e formar profissionais com perfil que suponha desenvolver competências éticas. Nossa tarefa educativa foi e continua  árdua nesta arena.

As iniciativas serão nas pequenas ações de planejamento, no cotidiano da sala de aula, na organização da escola, no nosso exemplo na escola, na rua, no bairro. Somos, sim, exemplo para muitos.  Avançaremos por discernir de forma reflexiva cada pequeno gesto com nossos estudantes, atuar com honestidade, buscar o melhor ao coletivo, sermos mais democráticos, solidários. Poderíamos listar inúmeros valores, virtudes que são inerentes ao convívio social para iniciar a caminhada. Por isso o motivo do convite...

     Vamos inserir as questões éticas em todo nosso currículo? 
Será necessário debater também esse tema profissionalmente, politicamente, nas nossas famílias, e claro na escola. 

      Sem competência ética hoje, não haverá profissional ético amanhã. Precisamos começar. Começar com o valor do nosso exemplo, da nossa vontade e de nossa capacidade de fazer uma educação pautada em valores e no diálogo.


RIBEIRO, Paulo Silvino. "O que é ética?"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm>. Acesso em 19 de fevereiro de 2018.

Imagem: Bloger/charge-do-dia-etica-e-educacao.html



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