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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação

 

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação


Marli Dias Ribeiro 

        A distorção idade-série é um problema educacional persistente no Brasil, caracterizado pela discrepância entre a idade cronológica do estudante e a série que ele frequenta. Em outras palavras, trata-se de uma situação em que um aluno está em uma série escolar acima ou abaixo daquela correspondente à sua idade. A educação é um direito de todos e a distorção idade-série é um obstáculo que impede muitos jovens de alcançar seu pleno potencial. Suas causas, consequências e impactos precisam ser conhecidos para que o enfrentamento seja adequado. 

Causas da distorção idade-série:

  • Repetência: A repetição de séries é um dos principais fatores que contribuem para a distorção idade-série. Diversos fatores podem levar à repetência, como dificuldades de aprendizagem, problemas socioeconômicos, falta de acompanhamento familiar e até mesmo falhas no sistema educacional.
  • Entrada tardia na escola: Crianças que ingressam na escola após a idade recomendada, seja por questões socioeconômicas ou por outros motivos, tendem a apresentar maior dificuldade em acompanhar o ritmo da turma e, consequentemente, a distorcer a idade-série.
  • Abandono escolar: O abandono escolar, seguido de um retorno posterior, também pode gerar distorção idade-série. Ao retornar aos estudos, o aluno pode precisar ser realocado em uma série inferior à que corresponderia à sua idade.

Consequências da distorção idade-série:

  • Dificuldades de aprendizagem: A distorção idade-série pode gerar sobrecarga ou, por outro lado, desmotivação e dificuldades de aprendizagem para o aluno.
  • Baixa autoestima: A sensação de não estar no lugar certo e de não acompanhar os colegas pode afetar a autoestima e o desenvolvimento social do estudante.
  • Evasão escolar: A distorção idade-série pode aumentar o risco de evasão escolar, uma vez que o aluno pode se sentir desmotivado e deslocado do ambiente escolar.
  • Desigualdade social: A distorção idade-série está frequentemente associada as questões socioeconômicas, perpetuando desigualdades sociais e dificultando a ascensão social.

Impactos para a sociedade:

  • Diminuição da qualidade do ensino: A presença de alunos com diferentes níveis de desenvolvimento em uma mesma sala de aula pode dificultar o trabalho do professor e comprometer a qualidade do ensino.
  • Perda de talentos: Alunos com alto potencial podem ser prejudicados pela distorção idade-série, perdendo oportunidades de desenvolvimento e contribuição para a sociedade.
  • Custos sociais e econômicos: A distorção idade-série gera custos sociais e econômicos elevados, relacionados à necessidade de oferecer suporte aos alunos com dificuldades, à perda de mão de obra qualificada e à perpetuação da desigualdade social.

Medidas para combater a distorção idade-série:

  • Prevenção da repetência: É fundamental investir em políticas e programas que visem à prevenção da repetência, como o fortalecimento da formação de professores, a oferta de atividades de recuperação paralela e o acompanhamento individualizado dos alunos.
  • Flexibilização curricular: A flexibilização curricular pode permitir que os alunos avancem em seus estudos de acordo com seu próprio ritmo, evitando a retenção e a distorção idade-série.
  • Atendimento aos alunos com dificuldades: É preciso oferecer suporte aos alunos com dificuldades de aprendizagem, por meio de programas de reforço escolar, atendimento especializado e recursos pedagógicos adequados.
  • Combate ao abandono escolar: A prevenção do abandono escolar é fundamental para reduzir a distorção idade-série. É preciso criar um ambiente escolar acolhedor e motivante, além de oferecer programas de apoio socioemocional aos alunos.

        A distorção idade-série é um problema complexo que exige ações coordenadas de diversos atores sociais, como governo, escolas, famílias e comunidade. Ao investir em políticas públicas eficazes e em práticas pedagógicas inovadoras, é possível reduzir significativamente a distorção idade-série e garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes.

        


Imagem: Editora CRV

Para saber mais, conheça a obra: O menino da última carteira: da invisibilidade a superação da Pedagogia do Fracasso Escolar - Editora CRV - Marli Dias Ribeiro 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Sobre o livro : O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar

 

Sobre o livro: O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar 


                                      Danilo Ribeiro de Sousa

  

Imagem: Editora CRV

Você sabia que muitos estudantes estão sendo prejudicados pela distorção idade-série, atraso escolar ou defasagem entre a idade e o ano de estudo?

 Essa diferença entre a idade ideal para uma série e a idade real do aluno pode afetar diretamente seu desempenho escolar e suas perspectivas de futuro. Mas a boa notícia é que existem  soluções para esse problema! Soluções criativas e colaborativas.

O livro escrito pela Doutora em Educação Marli Dias Ribeiro  mostra a partir de um estudo que a gestão democrática nas escolas é fundamental para reduzir a distorção idade-série.

 Ao envolver todos os membros da comunidade escolar – diretores, professores, alunos e famílias – na tomada de decisões, é possível identificar as causas desse problema e encontrar soluções personalizadas para cada realidade.

Mas como a gestão democrática pode ajudar?

  • Diálogo e participação: ao promover um ambiente de diálogo aberto, a escola cria um espaço seguro para que todos expressem suas opiniões e necessidades.
  • Identificação das causas: através da participação de todos, é possível identificar as causas da distorção idade-série, como dificuldades de aprendizagem, problemas sociais ou falta de recursos.
  • Criação de soluções personalizadas: com base nas causas identificadas, a escola pode desenvolver projetos e ações específicas para atender às necessidades de cada aluno.
  • Empoderamento da comunidade escolar: ao envolver a comunidade, a escola fortalece o sentimento de pertencimento e responsabilidade de todos pela educação.

O que podemos fazer?

  • Implementar a gestão democrática: é fundamental que as escolas promovam a participação de todos na tomada de decisões.
  • Apoiar iniciativas que combatam a distorção idade-série: buscar informações sobre projetos e programas que visam reduzir essa desigualdade.
  • Divulgar a importância da gestão democrática para mitigar o fracasso escolar: compartilhar e informações sobre o tema em suas redes sociais.

Essa obra é um escrito importante que evidencia como podemos construir escolas mais justas e democráticas, onde todos os alunos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver na idade certa. É uma leitura obrigatória para quem deseja promover uma educação participativa.  Leiam, divulguem e se mobilizem para que nenhum estudante fique para trás. 


Adquira o seu exemplar em: https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/38914-o-menino-da-ultima-carteira-brda-invisibilidade-a-superacao-da-pedagogia-do-fracasso-escolar?srsltid=AfmBOoqfHMzvcEDQ0IPC0JnCUrxmZu1oq9Q1m4r8XZ96fNzO4GQFm-DJ


terça-feira, 21 de maio de 2024

Nas trilhas com o Lobo Guará: Construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série




Nas trilhas com o Lobo Guará


Se não posso estimular sonhos impossíveis, não devo
negar o direito de sonhar com quem sonha.
Paulo Freire



                                                                          Por Marli Dias Ribeiro e Lucicleide Araújo
 


    O livro “Nas trilhas com o Lobo-Guará” reúne ensaios inéditos de escrita criativa sobre os processos de ensino e aprendizagem, construtores de saberes e semeadores de sonhos de toda a comunidade escolar do Centro de Ensino Médio do Guará. É um livro que foi pensado e elaborado de modo detalhado e com muito carinho pelos pesquisadores do Projeto Líber – Laboratório Interdisciplinar de     Metodologias Educacionais – juntamente com a equipe gestora. É uma fonte de expressão das experiências vivenciadas, bem-sucedidas e que provocaram transformações profundas nos sujeitos que trilharam o chão da escola. Elaborado por meio de uma linguagem simples, criativa, o livro é a expressão mais pura e genuína da sabedoria vivida pela comunidade. Construção histórica das pessoas que trilharam caminhos, perpassando dificuldades, desafios, mas que fizeram história e deixaram as suas marcas, acreditando na máxima da não existência de estudantes fracassados, movidos sempre por uma certeza esperançosa de que a Educação é o instrumento de transformação. 

    O livro pretende a desafiadora tarefa de apresentar a distorção idade-série a partir do ponto de vista de quem a experienciou, seja como estudante, como professor/a, como gestor/a, como comunidade. Trata-se de uma construção de saberes, de vida e de sonhos que procurou caminhar fora de uma ótica de padrões e de contornos convencionais, do que ordinariamente é publicado acerca do atraso escolar, que afeta um número expressivo de estudantes da Educação Básica. 

Os autores que fazem parte da obra se uniram e se reuniram para ampliar a liberdade do fazer pedagógico, do refletir e do pensar a educação mediante a evidência de suas narrativas, histórias de vida reais e sonhos permeados de fertilidade, de significado e de sentido. A preocupação em relação às técnicas apuradas parou na sombra da lobeira, mas a sensibilidade das vivências nos arrancou do descanso. E como ensina Larrosa (2021)12, buscamos dignificar a experiência, não coisificá-la, retirar o dogmatismo e pensar que toda experiência nasce a partir da paixão e não da ação. 

    Assim, apaixonados, seguem pelas trilhas apresentadas os saberes constituídos para indicar possibilidades de encantamento pela educação e pela vida. Toda a constituição da obra teve como fonte de inspiração a Pedagogia Alpha, no sentido que de nossa presença teve também como pressuposto um encontro dialógico, e como finalidade a formação de professores, sustentável e sensível, e o processo pedagógico, comprometido, competente e transformador (Síveres, 2019).

1 LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

Coleção: Experiência e Sentido.

2 SÍVERES, L. Pedagogia Alpha. Presença, proximidade, partida. Curitiba: Publishing, 2019.


Link da obra completa: Nas trilhas com o Lobo Guará: construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série


terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Paradigmas da exclusão social: necessidades humanas na escola


 


Paradigmas da exclusão social

Necessidades humanas na escola

           Marli Dias Ribeiro

 

A fome e alta  no preço dos alimentos são exemplos de exclusão em nosso cotidiano. 

 

  A juventude brasileira quando analisada em seu aspecto social parece marcada pelo estigma da desigualdade social que emerge em formas variadas de situações de risco, pobreza, violência, evasão escolar, e outros, mostrando-se num mal-estar.

 A carência inerente aos variados deságios sofridos em relação às necessidades humanas são objeto de constante pesquisa por parte da Pedagogia Social que considera essas necessidades indispensáveis a formação do sujeito, sejam elas materiais, ou pós-materiais, reflexos das relações sociais.

            As necessidades humanas, e sobretudo, da população jovem, fazem parte de um conjunto complexo de fatores que contribuem na formação da personalidade e sua frustação, em muitos casos, provocam situações de risco, delinquência ou desajuste social.

Enquanto fator importante para compreensão desses problemas os esforços para definir as necessidades humanas são variados. Primeiramente, as perspectivas propuseram-se a encaminhar os debates dentro de abordagens naturalistas, posteriormente cultural e sociológica. Essas concepções permutam-se dependendo dos tempos, espaços, da disciplina enfocada, da análise estabelecida. As conceituações caminham por variantes filosóficas, psicológica, econômica e sociológica.

A educação formal, na escola, ou a não formal, fora da escola, devem estar atentas a esta realidade e considerar estes fatores como determinantes em seus planejamentos. 

Uma escola que não enxerga a realidade e o contexto social do estudante esta fadada ao fracasso em seu processo de inclusão social e em sua missão de formar cidadãos.

 

Referência:

CALIMAN, Geraldo. Paradigmas da exclusão social. Brasília: Editora Universa, UNESCO, 2008.368 p.

 


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