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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Dica de leitura- A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC

            

A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC



Marli Dias Ribeiro


             Com o advento da nova Base Nacional Comum Curricular, pensar em gestão escolar e em gestão da sala de aula quanto a seus aspectos pedagógicos se mostra uma questão relevante, sobretudo ao enfatizá-las como elementos que podem direcionar a escola às dinâmicas intrínsecas aos processos de ensino e aprendizagem.

         As relações estabelecidas em sala de aula, a organização do espaço da sala, os planejamentos realizados pelo docente são questões interligadas aos processos da gestão escolar e importantes fatores para que as aprendizagens se concretizem.

            Para Tardif (2002), ao entrar na sala de aula, o professor coloca-se diante de seus alunos, criando condições e esforçando-se para estabelecer relações, interações, saberes. Essa atividade docente rotineira atravessa o espaço de sala de aula, perpassa outros espaços da escola, revela valores, orienta relação com a turma e com outros pares, apresenta-se em toda a escola, e a gestão escolar agrega esse conjunto de relações. Assim, a gestão escolar e a gestão de sala de aula são indissociáveis quando a aprendizagem do estudante é colocada em questão.

    Ao considerarmos o currículo como norteador da gestão, este artigo toma como referência o que traz a BNCC, mostrando que: as competências e diretrizes são comuns, os currículos são diversos. O segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, a LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a serem ensinados (BRASIL, 2018, p. 11).

    Para esperançar é sempre indispensável refletir  a gestão da sala de aula e a gestão da escolar como  essenciais quando o enfoque perpassa uma educação que inclua e que seja de qualidade. Pouco se tem debatido sobre este entrelaçamento tão importante  para a BNCC e   para os currículos. 



O artigo completo pode ser lido em: http://revistas.anec.org.br/index.php/revistaeducacao/article/view/272

REVISTA ANEC



    

domingo, 15 de março de 2020

INDICADORES NA EDUCAÇÃO ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


INDICADORES NA EDUCAÇÃO
ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


Os indicadores educacionais atribuem valor estatístico à qualidade do ensino, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos, mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas. Eles são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos. Dessa forma, contribuem para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola ( MEC/INEP)


            O uso de indicadores é assunto pouco debatido entre educadores . Entretanto, ele é uma constante no planejamento de políticas públicas para a educação. Seu conceito envolve bases importantes para as decisões que afetam o cotidiano escolar, sendo relevante conhecer os aspectos principais  sobre o seu uso, as suas finalidades, e que eles  podem  para facilitar as ações de acompanhamento de projetos, programas, e  tomadas de decisões na educação. 

     O indicador mais conhecido na área educacional é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB. O IDEB  ao longo de dez anos tem se consolidado como base no planejamento educacional.  Mas o que dizem os especialistas sobre um indicador?  Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzales (2009),


O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa empiricamente sobre a evolução do aspecto/fato, observado (Ferreira, Cassiolato e Gonzales , 2009).


         Para Rua (2004), indicadores são medidas que expressam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, serviço, produto ou organização. Magalhães (2004)  define indicadores  como  abstrações ou parâmetros representativos, concisos, fáceis de interpretar e de serem obtidos, usados para ilustrar as características principais de determinado objeto de análise. Esses autores corrobam com o fato de que os indicadores auxiliam de forma objetiva a evolução de um fato ou objeto de análise.

         Por outro lado, para Rua (2004), Jannuzzi (2005) e Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009), apontam que existem propriedades dos indicadores ditas essenciais, ou seja, aquelas que qualquer indicador deve apresentar e devem ser consideradas como critérios de escolha, independente da fase do ciclo de gestão em que se encontra a política sob análise (Planejamento, Execução, Avaliação etc.). Essas propriedades são:

Utilidade: Deve suportar decisões, sejam no nível operacional, tático ou estratégico. Os indicadores devem, portanto, basear-se nas necessidades dos decisores;
Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo;
Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação;
Disponibilidade: os dados básicos para seu cômputo devem ser de fácil obtenção.

         Jannuzzi (2005), acrescenta que os indicadores podem ser divididos em grupos de acordo com sua posição no planejamento:

Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados, ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem utilizados pelas ações de governo. São exemplos médicos/mil habitantes e gasto per capita com educação;

Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados como, por exemplo, o percentual de atendimento de um público-alvo e o percentual de liberação dos recursos financeiros;

Produto (depois): medem o alcance das metas físicas . São medidas que expressam as entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. São exemplos o percentual de quilômetros de estrada entregues, de armazéns construídos e de crianças vacinadas em relação às metas estabelecidas;

Resultado (depois): essas medidas expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no público-alvo decorrentes das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm particular importância no contexto de gestão pública orientada a resultados. São exemplos as taxas de morbidade (doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios;

Impacto (depois): possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo prazos. Na maioria dos casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo (veja Figura 8). São
Exemplos o Índice Gini de distribuição de renda e o PIB per capita.

         Por fim, este texto não esgota o tema. Parece ser indicativo que no campo da educação se conceba indicadores sólidos e que mais debates circundem o assunto. Afinal, quando pensamos em planejar a educação pública é relevante considerar indicadores que busquem melhorar continuamente os programas e projetos desenvolvidos. Construir indicadores com a preocupação de acompanhar efetivamente processos e rotinas que nas tomadas de decisão são válidos e confiáveis, podem contribuir significativamente para garantir resultados robustos à sociedade, e em nosso caso, à educação de qualidade que almejamos para todos os estudantes.


JANNUZZI, P. M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista do Serviço Público. Brasília: ENAP, 2005.

LINDBLOM, C. E. Muddling through 1: a ciência da decisão incremental. In: HEIDEMANN, F. G.; SALM, J. F. (Orgs.). Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: UnB, 2010.

MAGALHÃES, M. T. Q. Metodologia para desenvolvimento de sistemas de indicadores: uma aplicação no planejamento e gestão da política nacional de transportes. (Dissertação Mestrado). Brasília: UnB, 2004.

RUA, M. G. Desmistificando o problema: uma rápida introdução ao estudo dos indicadores. Brasília: ENAP, 2004.

FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Uma experiência de desenvolvimento metodológico para avaliação de programas: o modelo lógico do programa segundo tempo. Texto para discussão 1369. Brasília: IPEA, 2009.
IMAGEM: http://www.deolhonosplanos.org.br/uso-dados-indicadores-planos-educacao/

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

VOCÊ LIDERA COM AMOR?



Você lidera com amor?

Um educador pode liderar e lapidar diamantes com seu amor.

                                                                                                                    
Por Marli Dias Ribeiro


       Para se relacionar com a comunidade escolar, seja em sala de aula, atuando em regência de classe, seja como coordenador pedagógico ou gestor,  o estilo de liderança apresenta-se como tópico essencial na escola. Várias características estão frequentes em líderes de sucesso e podem ajudar na reflexão de nossas práticas. Abaixo, algumas ações que considero primordiais em nossa jornada educativa:

  • Trabalho em equipe. Confie no talento dos seus colegas de trabalho e acredite na gestão democrática e participativa. Todos sempre podem colaborar de alguma forma, atribua valor a ação de cada professor, aluno, pai e demais pessoas da escola.
  • Estudo sempre. Mantenha-se atualizado e disposto a mudar e promover inovações tanto na parte pedagógica, quanto na parte administrativa e de gestão de pessoas e recursos. O estudo abre novas possibilidades. Como nos lembra Paulo Freire “ aprendemos sempre, ninguém sabe tudo”.
  • Persistência e paciência. Seja persistente e disciplinado para cumprir as metas e objetivos traçados em seu planejamento. O planejamento somente acontece se for colocado em prática o que exige mais que a redação, exige a  prática cotidiana.
  • Comunicação. Fale de forma clara. Se comunique de forma objetiva. Não adiante guardar as informações e os projetos nas gavetas. Sem conhecer e compreender os objetivos e ações planejadas o coletivo não caminha. As informações devem circular em todos os setores da escola, seja em bilhetes, em palestras, em avisos, em redes sociais. Comunique!
  • Gratidão. Agradeça. A gratidão ao próximo aproxima o grupo e cria um clima escolar de confiança e ajuda mútua. Não esqueça de elogiar e cumprimentar seus pares.
  • Ética sempre. Num mundo mergulhado em situações de mentiras, roubos, desconfianças, zelar pelos valores humanos torna os relacionamentos mais fortes e duráveis. A educação sempre preza por transformar a realidade para seu melhor. Não desvie suas ações desse caminho.
  • Amor. Ame sua profissão. Sem amor não existe liderança que possa ser exemplo e dar exemplo.
     A ideia não é oferecer receitas, a liderança voltada para a democracia, para a  ação transformadora e ética parece ser fundamental aos educadores que acreditam que a educação pode ampliar horizontes.
Lembrar sempre que educar é impregnar de sentido o que fazemos. Não podemos falar em educação sem falar em amor (Freire, 1987). Educar é uma escolha, é ato de amor.


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