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sexta-feira, 6 de abril de 2018

SE A DEMOCRACIA EXISTISSE ...


SE A DEMOCRACIA EXISTISSE NA ESCOLA...

SE A DEMOCRACIA EXISTISSE...



Por Marli Dias Ribeiro


Se a democracia não fosse sonho... 
Tempos sombrios não escureceriam nossa visão
O povo, o pobre, as minorias estariam alfabetizadas
O grito pela liberdade não seria negado, tampouco calado, engasgado

Se a democracia triunfasse, na escola, livros, professores e opiniões seriam respeitados
A fome de saber seria alimentada, a escravidão velada não existiria
No movimento das ruas a justa medida da justiça poderia ser comemorada

A farsa das elites estaria revelada como em Raízes do Brasil, de Holanda, posta na mídia, na rua
A certeza seria que Educação que foge da luta, não colhe vitórias
Que Democracia sem escola não semeia colheita farta
Que alfabetizar para a democracia exige coragem de ser mais gente
Que Democracia tem sabor, tem cor, tem vida, tem luta

Democracia exige escolha
Tem a esperança da revolução, evolução que começa em mim, em você educador
Por isso precisamos aprender e ensinar democracia agora, hoje e sempre, em todo lugar
Sem medo de democratizar , fazer história, alfabetizar consciências para existir!


segunda-feira, 26 de março de 2018

SALA DE AULA INVERTIDA, METODOLOGIAS ATIVAS, O QUE É ISSO?



A tão badalada metodologia ativa, do ensino em ação, não é tema tão novo assim.


Por Marli Dias Ribeiro


O movimento de mudanças sociais, a chamada sociedade do conhecimento que vivemos nos dias atuais, trazem aos educadores a necessidade em compreender as exigências que se impõem ás novas realidades do mundo. 
As tendências pedagógicas que influenciaram grande parte dos professores foram apoiadas em muitos casos, e ainda, o são, pela conhecida Pedagogia Tradicional. Sobre a tendência tradicional podemos resgatar do filósofo alemão Johann Friedrich Herbart (1776-1841),  as Escolas dos Frades jesuítas, a repetição oral, a aula expositiva, o currículo rígido, o aluno é passivo, o professor autoritário, listas gigantes de conteúdo, aulas sem contextualização, memorização e outros. Muitos de nós somos resultado desse ensino que ainda hoje, tem espaço nas escolas.

Entretanto, a tão badalada metodologia ativa, do ensino em ação, não é tema tão novo assim. E a hoje em aparace difundida com o ENSINO REMOTO exigido pelo COVID-19. Segundo Abreu (2009), os primeiros conceitos desse método aparecem na obra Emílio, de Jean Jacques Rousseau (1712-1778). Isso mesmo, em 1700! Nessa filosofia educativa as experiências de ação do aluno são parte central do ensino. 
Outro autor que inspirou essa tendência pedagógica ativa foi John Dewey (1859-1952), idealizador da Escola Nova. Ele defendeu que a aprendizagem ocorre pela ação, colocando o estudante no centro dos processos de ensino e de aprendizagem. Parece ainda distante de você? Em nosso país a conhecida Escola Nova da década de 30 está associada aos pioneiros da Educação no Famoso Manifesto da Escola Nova onde Anísio Teixeira foi um dos protagonistas.  

Mesmo não sendo uma novidade, seu uso vem ganhando força em muitas escolas internacionais e nacionais. Na Finlândia, um dos melhores ensinos do mundo, segundo dados do PISA, o aluno aprende a gerir planos, projetos, e lidar com erros. As avaliações são realizadas ao longo do processo e o desempenho do estudante acompanhado durante as aulas. No Brasil as grandes redes de escolas particulares estão apostando na onda ativa. Essas escolas apoiam-se em conceitos assentados na Biologia e na Psicologia para explicarem seu uso.

            Esses conceitos da biologia e psicologia defendem o ensino ativo. Baseados em  dados do  National Training Laboratories, os adeptos explicam que nas aulas expositivas  o jovem absorva apenas 5% do que é apresentado, na leitura a  retenção pode chegar a  10% do assunto, porém nas atividades ativas a apreensão chega a mais de 50% de aproveitamento. Quando a escola organiza suas ações com orientação do professor com a metodologia ativa, os resultados chegam a 75% de retenção. 
         Nesse tipo de metodologia os alunos são inseridos em   debates, pesquisas e execução de atividades diferenciadas, leitura prévia de conteúdos para favorecer a interação; uso de tecnologia para potencializar o aprendizado; competições ou desafios para instigar o pensamento, ocorre o trabalho em equipe e a liderança; empreendedorismo, etc.

            Nesse contexto, a sala de aula invertida, tem como conceito um espaço   onde o protagonismo é do aluno, o aluno é agente do saber, o professor acompanha, orienta e estimula. O estímulo é direcionado á resolução de problemas. Em alguns casos o aluno é dito auto aprendiz. O aluno é autônomo. A inversão são nos papeis propostos aos professores que passam  a ser os motivadores, incentivadores.

            As críticas a essa abordagem giram em torno da preparação do estudante para  mundo tecnológico sem uma abordagem crítica. Será?  Os argumentos falam de uma metodologia ativa  com tendências que não sejam vinculadas ao ensino tradicional e ainda carece de aprofundamento teórico. Estamos preparados? Essa é a função social da escola de hoje? As aulas proposta em nossas escolas são mesmo tradicionais? Os alunos, a comunidade conhecem e  foram ouvidos sobre essa tendência? 

            Por fim, o processo de ensinar e aprender compõe-se de inúmeros e complexos processos internos, que são individuais. Cada sujeito internaliza e aprende em seu tempo, espaço e forma. Será que temos condições de apontar a melhor metodologia? Convido você a refletir...
           Assim, creio que  precisamos mesmo inverter muitas situações na escola e possivelmente, não seja somente a sala de aula, mas nossa ação, a formação, a participação, as ações com as famílias, a gestão educacional, as verbas...pois...

Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível.

Ensinar exige compreender que a educação é uma
forma de intervenção no mundo.
Ensinar não é transferir conhecimento.
Paulo Freire


Imagem: Internet
Saiba mais : MELO, B. C.; SANT’ANA, G. A prática da Metodologia Ativa. Com. Ciências Saúde, v. 23, n. 4, p. 327-339, 2012.


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