SE LIGA ! O DIA “D” DA BNCC
PODERIA SER O DIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Por Marli Dias Ribeiro
No
dia 6 de março de 2018 o Ministério da Educação chamou professores, gestores,
secretarias de Estados, e a comunidade para discutir a Base Nacional Comum Curricular. Aprovada
em dezembro de 2017 para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, o documento
será a principal referência para que todas as escolas brasileiras organizem
seus currículos, livros, organização pedagógica e avaliações. A base do Ensino
Médio ainda está em discussão e deve ser concluída esse ano.
Cabe destacar que a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) está organizada em 10 competências, chamadas Competências
Gerais da Base Nacional Comum Curricular. No documento a parte introdutória
apresenta as competências a partir de direitos éticos, estéticos e políticos.
São apontadas nas competências um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes
e valores a serem trabalhados por todas as escolas. Seguem abaixo as 10 competências:
1.
Conhecimento
2.
Pensamento científico crítico e criativo
3.
Repertório cultural
4.
Comunicação
5.
Cultura digital
6.
Trabalho e projeto de vida
7.
Argumentação
8.
Autoconhecimento e autocuidado
9.
Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
As competências estão organizadas em dimensões
e subdimensões que serão trabalhadas ao longo de todo ensino de forma
transdisciplinar. Para disseminar a base, o Ministério da Educação, preparou um
material de apoio* para ser distribuído e estudado em todo país, no chamado dia
“D”. Não estamos aqui descartando todas as reflexões e os debates que
construíram e organizaram a BNCC, entretanto, sua simples implementação não
garante a qualidade almejada no ensino, precisamos avançar ainda até em condições básicas como a infraestrutura. As várias críticas ao documento giram
em torno de uma rigidez na proposta que pode “obrigar” todos a seguiram
alinhados às competências indicadas. Por que os Parâmetros Curriculares existentes não foram totalmente implementados, e passamos a essa base?
Outra questão, parece ser o fato de que as
avaliações nacionais estarão atreladas à base, e os Estados irão se planejar
para não ficarem na lista dos fracassados nas provas nacionais, tais como Prova
Brasil, ANA, Provinhas Brasil, o que obriga, de certa forma, os Estados a aplicarem a BNCC. Com que liberdade o
Estado irá criar seu próprio currículo se será avaliado pelas competências da
base?
Os debates acerca da implementação da base não
retiraram dela as questões polêmicas. A participação divulgada pelo governo nos
debates sobre o documento serviu como propaganda para incentivar a adoção do
projeto, mas parece que ainda temos um longo caminho a traçar.
Uma política educativa que transforme a
realidade nacional está muito além da base. Será mesmo tão importante esse
processo? Que ideologias estão inseridas nesse contexto? Os educadores estão
participando dos debates de forma crítica? As competências debatidas estão alinhadas às realidades dos alunos? Como será a formação docente antes e depois da Base?
O dia “D”, penso eu, poderia ser o dia do DIREITO, direito
a mais recursos na escola, direito a mais formação de professores, a mais
profissionais de apoio, a mais livros, a mais vontade política de fazer um país
com dias melhores para todos os alunos. O dia “ D” da educação será o dia que
ela, seja direito de todos, e para todos. O dia "D", será o dia em que o debate seja adotar a educação como prioridade.
*Material
de apoio MEC: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/materiais-de-apoio/
*Para saber mais:
http://porvir.org/base-curricular-argumentos-contrarios-favoraveis/
*Para saber mais:
http://porvir.org/base-curricular-argumentos-contrarios-favoraveis/
:)
ResponderExcluirObrigada por sua visita ao blog.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir
ExcluirExcelente reflexão Marli, a alguns dias atrás conversava com nossa equipe pedagógica de como deveriamos fazer para não ficarmos para trás, uma vez que não percebi por parte da SEDF muita interação sobre BNCC, vejo outras UF mais aplicadas à temática, por conseguinte tendem a obterem melhores resultados.
O fato neste momento é buscar conhecer mais profundamente o conteúdo e espírito da lei que instituiu a BNCC, e nos fóruns adequados encaminhar se for o caso o devidos ajustes.
De maneira prática vamos conhecer e formentar os debates.
Forte abraço!
Nilvan Vasconcellos
ResponderExcluirExcelente reflexão Marli, a alguns dias atrás conversava com nossa equipe pedagógica de como deveriamos fazer para não ficarmos para trás, uma vez que não percebi por parte da SEDF muita interação sobre BNCC, vejo outras UF mais aplicadas à temática, por conseguinte tendem a obterem melhores resultados.
O fato neste momento é buscar conhecer mais profundamente o conteúdo e espírito da lei que instituiu a BNCC, e nos fóruns adequados encaminhar se for o caso o devidos ajustes.
De maneira prática vamos conhecer e formentar os debates.
Forte abraço!
Nilvan Vasconcellos
A BNCC vem ampliar o debate acerca do currículo que queremos. Sabemos que a educação e um espaço de reflexão e debates. Não podemos ficar de fora.
ResponderExcluir