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domingo, 11 de março de 2018

SE LIGA! DIA “D” DA BNCC PODERIA SER O DIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO


SE LIGA  ! O DIA “D” DA BNCC 

PODERIA SER O DIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Por Marli Dias Ribeiro





No dia 6 de março de 2018 o Ministério da Educação chamou professores, gestores, secretarias de Estados,  e a comunidade para discutir a Base Nacional Comum Curricular. Aprovada em dezembro de 2017 para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, o documento será a principal referência para que todas as escolas brasileiras organizem seus currículos, livros, organização pedagógica e avaliações. A base do Ensino Médio ainda está em discussão e deve ser concluída esse ano.
Cabe destacar que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) está organizada em 10 competências, chamadas Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular. No documento a parte introdutória apresenta as competências a partir de direitos éticos, estéticos e políticos. São apontadas nas competências um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores a serem trabalhados por todas as escolas. Seguem abaixo  as 10 competências:
1.       Conhecimento
2.     Pensamento científico crítico e criativo
3.     Repertório cultural
4.     Comunicação
5.     Cultura digital
6.     Trabalho e projeto de vida
7.     Argumentação
8.     Autoconhecimento e autocuidado
9.     Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
As competências estão organizadas em dimensões e subdimensões que serão trabalhadas ao longo de todo ensino de forma transdisciplinar. Para disseminar a base, o Ministério da Educação,  preparou um material de apoio* para ser distribuído e estudado em todo país, no chamado dia “D”. Não estamos aqui descartando todas as reflexões e os debates que construíram e organizaram a BNCC, entretanto, sua simples implementação não garante a qualidade almejada no ensino, precisamos avançar ainda até em condições básicas como a infraestrutura. As várias críticas ao documento giram em torno de uma rigidez na proposta que pode “obrigar” todos a seguiram alinhados às competências indicadas. Por que os Parâmetros Curriculares existentes não foram totalmente implementados, e passamos a essa base?
Outra questão, parece ser o fato de que as avaliações nacionais estarão atreladas à base, e os Estados irão se planejar para não ficarem na lista dos fracassados nas provas nacionais, tais como Prova Brasil, ANA, Provinhas Brasil, o que obriga, de certa forma,  os Estados a aplicarem a BNCC. Com que liberdade o Estado irá criar seu próprio currículo se será avaliado pelas competências da base?
Os debates acerca da implementação da base não retiraram dela as questões polêmicas. A participação divulgada pelo governo nos debates sobre o documento serviu como propaganda para incentivar a adoção do projeto, mas parece que ainda  temos um longo caminho a traçar.
Uma política educativa que transforme a realidade nacional está muito além da base. Será mesmo tão importante esse processo? Que ideologias estão inseridas nesse contexto? Os educadores estão participando dos debates de forma crítica? As competências debatidas estão alinhadas às realidades dos alunos? Como será a formação docente antes e depois da Base?
O dia “D”, penso eu,  poderia ser o dia do DIREITO, direito a mais recursos na escola, direito a mais formação de professores, a mais profissionais de apoio, a mais livros, a mais vontade política de fazer um país com dias melhores para todos os alunos. O dia “ D” da educação será o dia que ela, seja direito de todos, e para todos. O dia "D", será o dia em que o debate seja adotar  a educação como prioridade.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

ETHOS, A ÉTICA PERDIDA É ENCONTRADA NA ESCOLA


Ethos, a ética perdida é encontrada na escola


Sem competência ética hoje, não haverá profissional ético amanhã. Precisamos começar.

Por Marli Dias Ribeiro




A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos e atitudes dos homens. Também pode ser entendida como sendo uma reflexão sobre o valor das ações sociais, coletivas, consideradas em dada sociedade. Requer de cada um de nós o exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes vigentes (RIBEIRO, 2018). 

Ao nos depararmos com o compromisso do trabalho educativo engajado e imerso em ideias sociais, transformadoras e democráticas estamos vinculados ao desenvolvimento de ações que superem o individualismo, e dê espaço a ética. 
Será que perdemos a noção do bem comum, das virtudes, do amor ao próximo em nossa ação pedagógica?  Acredito que não. Vejo um brilho de alegria nos olhos dos alunos ao concluírem um ano letivo ou ao voltarem das férias a cada início de ano letivo. Essa esperança nos motiva a redescobrir a ética.

Sem ética a excelência profissional passa a ser um número sem sentido, uma meta sem propósito.  Avançar numa trajetória de valores passa por  desenvolver sentimentos de acolhimento, ajuda ao próximo. O ambiente escolar é bastante favorável a essas práticas. Nós, professores,  carregamos essa competência e compartilhamos com nossos estudantes  todos os dias. Ela não está perdida para nós, talvez, para alguns possa estar adormecida, mas é certo que acordará com o grito e o sorriso das crianças.

A ética, pedra preciosa na sociedade atual, nas escolas não pode faltar, sejam nas competências, atitudes e valores. Creio não existir bons profissionais que não sejam pessoas com estímulo pessoal contínuo a buscarem ser cada dia melhores. 
De fato, ao observamos os eventos políticos, econômicos, as crises em todo Brasil e no mundo compreendemos que ainda carecemos em romper paradigmas e formar profissionais com perfil que suponha desenvolver competências éticas. Nossa tarefa educativa foi e continua  árdua nesta arena.

As iniciativas serão nas pequenas ações de planejamento, no cotidiano da sala de aula, na organização da escola, no nosso exemplo na escola, na rua, no bairro. Somos, sim, exemplo para muitos.  Avançaremos por discernir de forma reflexiva cada pequeno gesto com nossos estudantes, atuar com honestidade, buscar o melhor ao coletivo, sermos mais democráticos, solidários. Poderíamos listar inúmeros valores, virtudes que são inerentes ao convívio social para iniciar a caminhada. Por isso o motivo do convite...

     Vamos inserir as questões éticas em todo nosso currículo? 
Será necessário debater também esse tema profissionalmente, politicamente, nas nossas famílias, e claro na escola. 

      Sem competência ética hoje, não haverá profissional ético amanhã. Precisamos começar. Começar com o valor do nosso exemplo, da nossa vontade e de nossa capacidade de fazer uma educação pautada em valores e no diálogo.


RIBEIRO, Paulo Silvino. "O que é ética?"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm>. Acesso em 19 de fevereiro de 2018.

Imagem: Bloger/charge-do-dia-etica-e-educacao.html



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