Mostrando postagens com marcador LIVRO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador LIVRO. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Equidade na Educação: um Caminho para evitar a Cultura do Fracasso Escolar/Pedagogia do Fracasso Escolar

Equidade na Educação: um Caminho para evitar a Cultura do Fracasso Escolar (Pedagogia do Fracasso Escolar)


Por Marli Dias Ribeiro

A equidade na educação refere-se à abordagem que busca fornecer a cada aluno os recursos e oportunidades de que precisa para alcançar seu potencial máximo. Diferente da igualdade, que implica tratar todos da mesma forma, a equidade reconhece que os estudantes chegam à escola com diferentes histórico, experiências e necessidades. Essa compreensão é fundamental para promover uma educação inclusiva e eficaz.
A cultura do fracasso escolar pode ser entendida como um ambiente onde os alunos, em vez de serem incentivados a alcançar seus objetivos, frequentemente enfrentam obstáculos que os levam a desistir ou a não se envolver em seu próprio aprendizado. A falta de equidade nas instituições educacionais frequentemente alimenta essa cultura, criando barreiras para aqueles que já estão em desvantagem, seja por razões socioeconômicas, raciais, culturais ou outras.


Foto: Lançamento do livro - O menino da última carteira - Stefano Pessoa
Por que a Equidade é essencial?
1. Reconhecimento da Diversidade: As salas de aula são compostas por alunos com diferentes capacidades, ritmos de aprendizado, estilos e contextos de vida. A equidade permite que cada um seja visto e tratado como um indivíduo, promovendo um ambiente onde todos têm a chance de brilhar.
2. Apoio Direcionado: Ao identificar as necessidades específicas de cada aluno, as escolas podem implementar intervenções personalizadas. Isso pode incluir tutoria, recursos adicionais e estratégias de ensino adaptadas, crucial para evitar que alunos com dificuldades se sintam isolados ou marginalizados.
3. Promoção de um Ambiente Inclusivo: Um sistema educacional que prioriza a equidade promove um clima de inclusão e pertencimento. Isso não apenas aumenta a autoestima dos alunos, mas também cria um senso de comunidade, onde todos se sentem valorizados e motivados a se engajar.
4. Redução das Taxas de Abandono: Investir em práticas equitativas ajuda a reduzir o abandono escolar. Quando os alunos sentem que suas necessidades estão sendo atendidas, eles são mais propensos a permanecer na escola e a se esforçar para alcançar o sucesso.
5. Preparação para o Futuro: A educação equitativa prepara os alunos para serem cidadãos ativos e engajados. Ao garantir que todos tenham acesso ao aprendizado de qualidade, a sociedade na totalidade se beneficia, pois forma indivíduos capazes de contribuir de forma significativa.
6. Desafios Estruturais: Para promover a equidade, é importante que as instituições educacionais também abordem as desigualdades estruturais presentes na sociedade. Isso implica um compromisso contínuo com a justiça social, trabalhando para eliminar as barreiras que afetam o acesso e a qualidade da educação.
Em resumo, a equidade na educação é uma necessidade fundamental para evitar a cultura do fracasso escolar. Ao reconhecer e atender às diversas necessidades dos alunos, as escolas não só promovem um aprendizado mais eficaz, mas também cultivam um ambiente onde todos possam prosperar. A verdadeira transformação educacional começa quando nos comprometemos a garantir que cada indivíduo tenha a oportunidade de alcançar seu pleno potencial, independentemente de suas circunstâncias iniciais. A construção de uma educação equitativa é, portanto, uma responsabilidade coletiva, essencial para o futuro de nossas crianças e da sociedade.

Mais sobre este tema: O menino da última carteira: da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar - Livro de Marli Dias Ribeiro


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação

 

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação


Marli Dias Ribeiro 

        A distorção idade-série é um problema educacional persistente no Brasil, caracterizado pela discrepância entre a idade cronológica do estudante e a série que ele frequenta. Em outras palavras, trata-se de uma situação em que um aluno está em uma série escolar acima ou abaixo daquela correspondente à sua idade. A educação é um direito de todos e a distorção idade-série é um obstáculo que impede muitos jovens de alcançar seu pleno potencial. Suas causas, consequências e impactos precisam ser conhecidos para que o enfrentamento seja adequado. 

Causas da distorção idade-série:

  • Repetência: A repetição de séries é um dos principais fatores que contribuem para a distorção idade-série. Diversos fatores podem levar à repetência, como dificuldades de aprendizagem, problemas socioeconômicos, falta de acompanhamento familiar e até mesmo falhas no sistema educacional.
  • Entrada tardia na escola: Crianças que ingressam na escola após a idade recomendada, seja por questões socioeconômicas ou por outros motivos, tendem a apresentar maior dificuldade em acompanhar o ritmo da turma e, consequentemente, a distorcer a idade-série.
  • Abandono escolar: O abandono escolar, seguido de um retorno posterior, também pode gerar distorção idade-série. Ao retornar aos estudos, o aluno pode precisar ser realocado em uma série inferior à que corresponderia à sua idade.

Consequências da distorção idade-série:

  • Dificuldades de aprendizagem: A distorção idade-série pode gerar sobrecarga ou, por outro lado, desmotivação e dificuldades de aprendizagem para o aluno.
  • Baixa autoestima: A sensação de não estar no lugar certo e de não acompanhar os colegas pode afetar a autoestima e o desenvolvimento social do estudante.
  • Evasão escolar: A distorção idade-série pode aumentar o risco de evasão escolar, uma vez que o aluno pode se sentir desmotivado e deslocado do ambiente escolar.
  • Desigualdade social: A distorção idade-série está frequentemente associada as questões socioeconômicas, perpetuando desigualdades sociais e dificultando a ascensão social.

Impactos para a sociedade:

  • Diminuição da qualidade do ensino: A presença de alunos com diferentes níveis de desenvolvimento em uma mesma sala de aula pode dificultar o trabalho do professor e comprometer a qualidade do ensino.
  • Perda de talentos: Alunos com alto potencial podem ser prejudicados pela distorção idade-série, perdendo oportunidades de desenvolvimento e contribuição para a sociedade.
  • Custos sociais e econômicos: A distorção idade-série gera custos sociais e econômicos elevados, relacionados à necessidade de oferecer suporte aos alunos com dificuldades, à perda de mão de obra qualificada e à perpetuação da desigualdade social.

Medidas para combater a distorção idade-série:

  • Prevenção da repetência: É fundamental investir em políticas e programas que visem à prevenção da repetência, como o fortalecimento da formação de professores, a oferta de atividades de recuperação paralela e o acompanhamento individualizado dos alunos.
  • Flexibilização curricular: A flexibilização curricular pode permitir que os alunos avancem em seus estudos de acordo com seu próprio ritmo, evitando a retenção e a distorção idade-série.
  • Atendimento aos alunos com dificuldades: É preciso oferecer suporte aos alunos com dificuldades de aprendizagem, por meio de programas de reforço escolar, atendimento especializado e recursos pedagógicos adequados.
  • Combate ao abandono escolar: A prevenção do abandono escolar é fundamental para reduzir a distorção idade-série. É preciso criar um ambiente escolar acolhedor e motivante, além de oferecer programas de apoio socioemocional aos alunos.

        A distorção idade-série é um problema complexo que exige ações coordenadas de diversos atores sociais, como governo, escolas, famílias e comunidade. Ao investir em políticas públicas eficazes e em práticas pedagógicas inovadoras, é possível reduzir significativamente a distorção idade-série e garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes.

        


Imagem: Editora CRV

Para saber mais, conheça a obra: O menino da última carteira: da invisibilidade a superação da Pedagogia do Fracasso Escolar - Editora CRV - Marli Dias Ribeiro 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Sobre o livro : O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar

 

Sobre o livro: O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar 


                                      Danilo Ribeiro de Sousa

  

Imagem: Editora CRV

Você sabia que muitos estudantes estão sendo prejudicados pela distorção idade-série, atraso escolar ou defasagem entre a idade e o ano de estudo?

 Essa diferença entre a idade ideal para uma série e a idade real do aluno pode afetar diretamente seu desempenho escolar e suas perspectivas de futuro. Mas a boa notícia é que existem  soluções para esse problema! Soluções criativas e colaborativas.

O livro escrito pela Doutora em Educação Marli Dias Ribeiro  mostra a partir de um estudo que a gestão democrática nas escolas é fundamental para reduzir a distorção idade-série.

 Ao envolver todos os membros da comunidade escolar – diretores, professores, alunos e famílias – na tomada de decisões, é possível identificar as causas desse problema e encontrar soluções personalizadas para cada realidade.

Mas como a gestão democrática pode ajudar?

  • Diálogo e participação: ao promover um ambiente de diálogo aberto, a escola cria um espaço seguro para que todos expressem suas opiniões e necessidades.
  • Identificação das causas: através da participação de todos, é possível identificar as causas da distorção idade-série, como dificuldades de aprendizagem, problemas sociais ou falta de recursos.
  • Criação de soluções personalizadas: com base nas causas identificadas, a escola pode desenvolver projetos e ações específicas para atender às necessidades de cada aluno.
  • Empoderamento da comunidade escolar: ao envolver a comunidade, a escola fortalece o sentimento de pertencimento e responsabilidade de todos pela educação.

O que podemos fazer?

  • Implementar a gestão democrática: é fundamental que as escolas promovam a participação de todos na tomada de decisões.
  • Apoiar iniciativas que combatam a distorção idade-série: buscar informações sobre projetos e programas que visam reduzir essa desigualdade.
  • Divulgar a importância da gestão democrática para mitigar o fracasso escolar: compartilhar e informações sobre o tema em suas redes sociais.

Essa obra é um escrito importante que evidencia como podemos construir escolas mais justas e democráticas, onde todos os alunos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver na idade certa. É uma leitura obrigatória para quem deseja promover uma educação participativa.  Leiam, divulguem e se mobilizem para que nenhum estudante fique para trás. 


Adquira o seu exemplar em: https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/38914-o-menino-da-ultima-carteira-brda-invisibilidade-a-superacao-da-pedagogia-do-fracasso-escolar?srsltid=AfmBOoqfHMzvcEDQ0IPC0JnCUrxmZu1oq9Q1m4r8XZ96fNzO4GQFm-DJ


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

LIVRO, O MELHOR AMIGO DO EDUCADOR... ESCREVER É POSSÍVEL



LIVRO,  O MELHOR AMIGO DO EDUCADOR... ESCREVER É POSSÍVEL

Arrisque-se a escrever, todos podem...

Um pouco sobre a história dos livros


            Quando pensamos em um livro, geralmente imaginamos um conjunto de folhas impressas em papel. Nossa ideia de livro está associada ao material concreto, à técnica de impressão, a capa, ao desenho, à costura. Quando juntamos textos escritos à mão ou lemos no computador parece-nos fugir a materialidade do livro. Mas, temos hoje, E-boockers, Blogs, Vlogs, redes sociais, páginas e tantos outros escritos, diversos e únicos. Infinitas possibilidades...

            Mas nem sempre foi assim! De onde vem o termo, a palavra "livro"? Ela vem da forma latina liber, que era o nome da camada externa da casca das árvores, onde se escrevia antigamente. Os livros nem sempre tiveram o formato atual. Foi durante a Idade Média que passaram a ter um aspecto parecido aos de hoje. Antigamente, como eram escritos à mão, existiam poucos exemplares, raros eram os leitores.

            Em 1436, na Alemanha, um joalheiro chamado Johannes Von Gutenberg inventou a imprensa. Graças a essa invenção, puderam ser feitas muitas cópias de um mesmo livro, não sendo mais necessário copiá-los à mão. A partir da invenção da imprensa, no século XV, foi possível imprimir exemplares em grande quantidade, tornando-os acessíveis a um maior número de pessoas. Porém eram poucos os letrados. Mulheres leitoras uma raridade.
            Mas quem escrevia os livros? Inicialmente, os homens escreviam para anotar a quantidade de animais que tinham, guardar a informação e controlar os animais que eram vendidos, que se perdiam ou que morriam. O que se escrevia na Antiguidade, portanto, não eram livros, mas breves anotações comerciais e   documentos. Apenas os sacerdotes podiam escrever livros porque se acreditava ser a escrita um dom sagrado concedido pelos deuses a sujeitos escolhidos. Essas pessoas eram as únicas que tinham permissão para ler os livros sagrados. Ainda hoje a ideia de dom ou capacidade nata é associada a essa visão dogmática do ato de escrever. Mas acreditem, todos podem escrever… Todos!

            Na  Idade Média, na Europa, os monges eram encarregados de copiar os livros à mão. Esses monges eram chamados copistas.  Já nos países do Oriente, como na Pérsia, por exemplo, os encarregados de copiar e ilustrar livros não eram os monges, mas sim algumas famílias. E todos os membros da família  deviam se dedicar  a esse trabalho.

            O fato é que livros sempre geraram conflitos por expandirem informações. Ao longo da história, muitos episódios de dominação destruíam bibliotecas. Dessa forma, controlavam a história dos povos e  a experiência dos seus antepassado contida nos livros. Isso aconteceu com a famosa Biblioteca de Alexandria, no Antigo Egito: quando os romanos invadiram a cidade de Alexandria para conquistá-la, queimaram a sua imensa biblioteca. Na Europa, no período da Inquisição, entre os séculos XV e XVI, a Igreja Católica também ordenou a queima de livros considerados contra a fé cristã. Quase em meados do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de livros foram queimados em praça pública pelo regime nazista por serem considerados contrários ao sistema político.
Por isso, escrever, ler e ter  livros foi e sempre será um ato de rebeldia, um movimento de contestação que precisamos construir e reconstruir. Por isso, escrevo nesse espaço virtual, nas redes socias, e claro escrevi um livro. Acreditem, escrever sempre será uma forma de democratizar o conhecimento.

Referencia: TEBEROSKY , Ana e COLL de Cesar. Aprendendo Português. Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental de 1a a 4a série. Ática, 2000.
IMAGENS: Aplicativo Bitmoji e arquivo pessoal

terça-feira, 1 de maio de 2018

SOBRE A OBRA, DIÁLOGO: UM PROCESSO EDUCATIVO


 

DIÁLOGO: UM PROCESSO EDUCATIVO

Dica de leitura

 Por Marli Dias Ribeiro



Ninguém sabe tudo sobre qualquer coisa, por isso dialogue!
Leonard Swidler




Aprendi muito sobre a arte do diálogo nesse trabalho. Escrever é um desafiar-se, passa por aprender a conversar com o outro. Expressar crenças e valores. Dialogar...
Dialogar foi e continua sendo um grande desafio para a humanidade, hoje parece ser gritante a falta de disposição ao ato de dialogar. 
As dinâmicas contemporâneas de um mundo globalizado, mercantil e marcado cada vez mais por processos de intensas incertezas sobre os rumos da vida, da morte, da paz, da guerra, das relações e das instituições parecem reforçar as desigualdades, a solidão e o egoísmo. Estar junto para  dialogar, se torna cada vez mais uma necessidade e uma exigência atual.
Acredito ser uma URGÊNCIA . 
Por esse motivo, viver em comunidade e dialogar é uma necessidade humana, uma postura que agrega a disposição de estar com o outro, de humanizar-se, de ouvir, de escutar e falar.
A obra Diálogo: um processo educativo, reflete essa importante questão, não apenas no ambiente escolar, mas amplia o debate ao momento atual em que vivemos. Os textos convidam e indagam sobre nossas formas de conceber, de pensar e agir em realidades diversas. 
O grupo de pesquisa Comunidade Escolar, encontros e diálogos educativos, o qual faço parte, apresenta textos, pesquisas e ensaios sobre como pode ser possível concretizar princípios éticos, políticos e sociais na perspectiva do diálogo como fonte e base da ação.

Fazer parte desse projeto me fez refletir e problematizar ainda mais sobre nossa responsabilidade enquanto educadores, com nossa tarefa  de nos comprometermos com a disseminação da arte de dialogar, do entendimento de que não somos fonte de todo conhecimento, não sabemos tudo, sempre podemos ser melhores, ver melhor através dos outros, da fala do outro, da voz do outro. Por isso, como nos diz Swidler (2018) o diálogo é elemento da própria condição humana e sua prática qualifica a própria existência.

Não deixem de ler a obra, divulguem, dialoguem sobre ela e com ela, pois conforme Freire (1981) nos ensina:  não é no silêncio que os homens se fazem, mas na reflexão-ação, no diálogo.
Nessa jornada não poderia deixar de expressar meu agradecimento aos amigos da Universidade Católica, que fazem parte dessa obra, aos patrocinadores, e aos professores Dr. Ivar Vasconcelos e Dr. Luiz Síveres por organizarem esse maravilhoso trabalho.

E SE VOCÊ FICOU CURIOSO ...
PASSA NOS COMENTÁRIOS E PEÇA SEU EXEMPLAR EM PDF, SERÁ UM PRAZER ENVIAR A VOCÊ ESSE PRESENTE.


FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Paz e Terra. Rio de Janeiro. 1981.

 SÍVERES, Luiz; VASCONCELOS, Ivar César Oliveira de(Orgs.).DIÁLOGO: um processo educativo. Brasília: Cidade Gráfica Editora, 2018.


Imagem: Arquivo pessoal

  Natal: Tempo de Renascer  Cristo pode nascer mais de duas mil vezes no Natal, mas se ele não estiver nascido em nós e em nossas casas, tud...

LEIAM TAMBÉM...