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domingo, 15 de março de 2020

INDICADORES NA EDUCAÇÃO ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


INDICADORES NA EDUCAÇÃO
ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


Os indicadores educacionais atribuem valor estatístico à qualidade do ensino, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos, mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas. Eles são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos. Dessa forma, contribuem para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola ( MEC/INEP)


            O uso de indicadores é assunto pouco debatido entre educadores . Entretanto, ele é uma constante no planejamento de políticas públicas para a educação. Seu conceito envolve bases importantes para as decisões que afetam o cotidiano escolar, sendo relevante conhecer os aspectos principais  sobre o seu uso, as suas finalidades, e que eles  podem  para facilitar as ações de acompanhamento de projetos, programas, e  tomadas de decisões na educação. 

     O indicador mais conhecido na área educacional é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB. O IDEB  ao longo de dez anos tem se consolidado como base no planejamento educacional.  Mas o que dizem os especialistas sobre um indicador?  Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzales (2009),


O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa empiricamente sobre a evolução do aspecto/fato, observado (Ferreira, Cassiolato e Gonzales , 2009).


         Para Rua (2004), indicadores são medidas que expressam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, serviço, produto ou organização. Magalhães (2004)  define indicadores  como  abstrações ou parâmetros representativos, concisos, fáceis de interpretar e de serem obtidos, usados para ilustrar as características principais de determinado objeto de análise. Esses autores corrobam com o fato de que os indicadores auxiliam de forma objetiva a evolução de um fato ou objeto de análise.

         Por outro lado, para Rua (2004), Jannuzzi (2005) e Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009), apontam que existem propriedades dos indicadores ditas essenciais, ou seja, aquelas que qualquer indicador deve apresentar e devem ser consideradas como critérios de escolha, independente da fase do ciclo de gestão em que se encontra a política sob análise (Planejamento, Execução, Avaliação etc.). Essas propriedades são:

Utilidade: Deve suportar decisões, sejam no nível operacional, tático ou estratégico. Os indicadores devem, portanto, basear-se nas necessidades dos decisores;
Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo;
Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação;
Disponibilidade: os dados básicos para seu cômputo devem ser de fácil obtenção.

         Jannuzzi (2005), acrescenta que os indicadores podem ser divididos em grupos de acordo com sua posição no planejamento:

Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados, ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem utilizados pelas ações de governo. São exemplos médicos/mil habitantes e gasto per capita com educação;

Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados como, por exemplo, o percentual de atendimento de um público-alvo e o percentual de liberação dos recursos financeiros;

Produto (depois): medem o alcance das metas físicas . São medidas que expressam as entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. São exemplos o percentual de quilômetros de estrada entregues, de armazéns construídos e de crianças vacinadas em relação às metas estabelecidas;

Resultado (depois): essas medidas expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no público-alvo decorrentes das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm particular importância no contexto de gestão pública orientada a resultados. São exemplos as taxas de morbidade (doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios;

Impacto (depois): possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo prazos. Na maioria dos casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo (veja Figura 8). São
Exemplos o Índice Gini de distribuição de renda e o PIB per capita.

         Por fim, este texto não esgota o tema. Parece ser indicativo que no campo da educação se conceba indicadores sólidos e que mais debates circundem o assunto. Afinal, quando pensamos em planejar a educação pública é relevante considerar indicadores que busquem melhorar continuamente os programas e projetos desenvolvidos. Construir indicadores com a preocupação de acompanhar efetivamente processos e rotinas que nas tomadas de decisão são válidos e confiáveis, podem contribuir significativamente para garantir resultados robustos à sociedade, e em nosso caso, à educação de qualidade que almejamos para todos os estudantes.


JANNUZZI, P. M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista do Serviço Público. Brasília: ENAP, 2005.

LINDBLOM, C. E. Muddling through 1: a ciência da decisão incremental. In: HEIDEMANN, F. G.; SALM, J. F. (Orgs.). Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: UnB, 2010.

MAGALHÃES, M. T. Q. Metodologia para desenvolvimento de sistemas de indicadores: uma aplicação no planejamento e gestão da política nacional de transportes. (Dissertação Mestrado). Brasília: UnB, 2004.

RUA, M. G. Desmistificando o problema: uma rápida introdução ao estudo dos indicadores. Brasília: ENAP, 2004.

FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Uma experiência de desenvolvimento metodológico para avaliação de programas: o modelo lógico do programa segundo tempo. Texto para discussão 1369. Brasília: IPEA, 2009.
IMAGEM: http://www.deolhonosplanos.org.br/uso-dados-indicadores-planos-educacao/

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

POR QUE DEVEMOS PLANEJAR A ESCOLA E A SALA DE AULA?

Por que os gestores escolares e professores 

devem planejar?


Por Marli Dias Ribeiro

A maioria das pessoas não planeja a falha, elas falham no planejamento.
( Jonh Beckley)

         Encerramos  mais um ano e devido a dinâmica que envolve a gestão escolar, fechamos um ciclo, um período letivo terminou. Iniciamos a partir de agora as avaliações de uma etapa que se findou para pensarmos um novo planejamento. Parece ser uma receita dos tempos da vovó, mas sempre cabe alertar que sem planejamento, sem resultados…
     Para dar certo, para nossas escolas crescerem, para nossos estudantes aprenderem, devemos planejar. Se tardarmos em planejar, ou não planejarmos, é certo que falharemos. Em educação, seja na gestão da escola ou na gestão da sala de aula a prioridade é partir para o planejamento!
Gestores e educadores que se apropriam dessa ferramenta indicam que o planejamento abre possibilidade pois:

1.   Reduz as ações e reações baseadas na emoção, no achismo, na adivinhação e na intuição por oferecer bases teóricas sólidas e dados pautados em  resultados contextualizados.

2.   Pode-se  fazer mais do que efetuar alterações marginais e simplistas de projetos que não deram certo e necessitam de ajustes por aprofundar as análises.
  
3.   Evita um estado de “apagar fogo” corriqueiro nas escolas, a eterna emergência e o corre-corre,  auxiliando e antecipando diretrizes para ações ponderadas e controladas de problemas frequentes.

4.   Minimiza muitas falhas e pequenos problemas corriqueiros da rotina escolar evitando desgastes desnecessários.


5.    Assegura que cada ação na escola possa ser coordenada e compartilhada, o que ajuda a decidir se cada função está adequadamente identificada,  e se o indivíduo responsável tem realizado suas atribuições.

6.   Organiza as decisões que têm melhores chances de produzirem as consequências desejadas tanto no presente,  como para o futuro.
  
7.   Tende a diminuir as burocracias pois  ajuda a dividir melhor as tarefas do dia a dia,  e  a ajustar e reduzir o caminho dos processos.

8.   Promove atitudes de coletividade, cooperação e democracia,  delegando tarefas e atribuições a todos.
  
9. Incentiva a criatividade, a autonomia, motivando a equipe, e sensibilizando para o enfrentamento dos problemas.

10.  Dá visibilidade ao  resultado dos esforços anteriores e indica caminhos para novas ações o que pode  ajudar a romper com a resistência ao planejamento.

11.Estabelece um clima escolar de transparência, amizade e companheirismo,  evitando competitividades e estresses.

12.Promove resultados que podem ser compartilhados por toda comunidade e principalmente,  pelos estudantes.

13.  Indica que acertos e erros podem acontecer. Por isso, não tenham medo de errar,  pois como dizia Albert Einstein; ‘ a pessoa que nunca cometeu um erro,  nunca tentou algo novo’.

         Por fim, elabore o planejamento com as bases teóricas que fundamentam as aprendizagens, utilize os mais variados instrumentos, as diversas  metodologias disponíveis, invente e reinvente, mas tempere tudo isso com o melhor que você pode oferecer a sua comunidade que é o diálogo, a democracia,  o comprometimento e o amor.

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