quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

MEDIDA PROVISÓRIA PARA UMA REFORMA IRRISÓRIA


REFORMA DO ENSINO: MEDIDA PROVISÓRIA PARA UMA REFORMA IRRISÓRIA

40% DE ENSINO A DISTÂNCIA? 
A PRECARIZAÇÃO CHEGANDO COM FORÇA TOTAL...



Por Marli Dias Ribeiro




       A reforma do Ensino Médio será um dos temas em destaque na educação em 2018. Se avaliarmos os últimos resultados dos alunos nas avaliações internacionais e nacionais o cenário aponta uma realidade de insucessos. A rede pública de Ensino Médio é em grande parte administrada pelos Estados que andam a passos lentos em matéria de educação.
        No ano de 2015, segundo dados do Ministério da Educação- Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, apenas 4 estados (AM, PE, GO, SP) atingiram a meta estabelecida para Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)[1]. Na rede privada apenas Pernambuco e Amazonas bateram suas metas. Cabe lembrar que o IDEB varia de notas de 0 a 10 e em 2015 a média no Ensino Médio ficou em 3,7 para uma estimativa de 4,3.
       Nesse cenário entra em cena a polêmica reforma do Ensino Médio, repleta de resistências e vários temas discutíveis, e ainda com pouca participação de professores, alunos e especialistas. A reforma já editada através de Medida Provisória e sancionada pelo Presidente da República, é chamada pelo governo de Novo Ensino Médio e apresenta um currículo dito flexível.
      Os detalhes do currículo serão definidos após a definição da Base Nacional Comum para essa etapa da educação, por enquanto a proposta é que o aluno poderá escolher entre cinco áreas: Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias, Ciências Humanas e sociais aplicadas. Assim Língua Portuguesa, Matemática e Língua Inglesa serão obrigatórias a todos os alunos nos três anos do ensino médio. Já Filosofia, Sociologia, Educação Física e Artes serão obrigatórias como estudos e práticas, mas não necessariamente precisam ser uma disciplina. Essa definição dependerá da BNCC. A pergunta que não pode faltar é, porque essas disciplinas deixam de ser obrigatórias se perpassam todo conhecimento humano?
      Outra questão importante a ser questionada refere-se a estrutura das escolas. Grande parte das instituições possuem problemas de recursos, estrutura física, laboratórios, professores ausentes, o que torna praticamente impossível oferecer itinerários diversificados, e a retirada dessas disciplinas pode empobrecer o ensino. Adita-se ao caso as escolas de ensino noturno que não estão previstas na nova lei.
      As novidades irão começar em 2018 e gradualmente serão implantadas. Está previsto que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) seja adaptado no ano de 2019.
E a grande polêmica dos profissionais de notório saber, esquentam ainda mais o tema. Pessoas que comprovem experiência profissional e conhecimento em uma determinada área poderiam lecionar em disciplinas afins. Esse debate está quente e estudiosos da educação consideram um grande retrocesso por essas pessoas não terem formação pedagógica.
    Infelizmente o Ensino Médio brasileiro caminha lentamente e enfrenta grandes desafios. Precisamos debater, melhorar resultados, avançar na qualidade, formar melhor nossos professores, investir na estrutura das escolas. Uma Medida Provisória não será a varinha mágica para esse conjunto de problemas. A democracia parece ter passado muito longe dessa reforma feita nos gabinetes federais.


Fonte: MEC-INEP
Para saber mais: https://apeoc.org.br/analise-da-medida-provisoria-n-746-que-trata-da-reforma-do-ensino-medio/
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40361

[1] Criado em 2007, o Ideb é o índice que avalia a qualidade dos ensinos fundamentais e médio em escolas públicas e privadas.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

EI PROFESSOR! EM TEMPOS DE BIG BROTHER, A OBRA VIGIAR E PUNIR É MAIS ATUAL QUE NUNCA


Em tempos de BIG BROTHER, a obra Vigiar e punir é mais atual que nunca 

                                                                                                                    

POR MARLI DIAS RIBEIRO




Um clássico que ajuda a refletir em tempos de BIG BROTHER, parece ser mais atual que nunca. Vigiar e punir, livro do pensador e epistemólogo francês Michel Foucault,  é uma rica pesquisa sobre a caminhada histórica das instituições, e dos locais que aplicam a punição. Divido didaticamente em quatro partes:  o suplício, a punição, a disciplina e a prisão mostra a evolução das práticas punitivas no decorrer dos séculos e as relações de poder inerentes a cada período. Parece que o Big Brother tem uma relação com as ideias denunciadas pelo autor.
A chamada do primeiro capítulo traz a história do suplício de Damiens condenado por um crime contra o monarca. A cena descreve o castigo cruel, o uso do corpo do condenado como objeto de espetáculo, a manifestação física do poderoso sobre o fraco. A ideia do corpo enquanto objeto da punição, da ostentação dolorosa, da barbaridade, a crueldade revelando a força do poder de punir. Nesse ritual o povo aparece como um espectador do ato, e mesmo que os sentimentos fossem ambíguos, ora raiva, ora pena, devido a desproporção de algumas penas ou a presunção de que algum dos condenados fosse inocente,  as reações tardam a aparecer. O autor busca responder por quais motivos o sistema jurídico deixou de lado a punição arbitrária e passa supostamente ao objetivo de corrigir o delinquente.
Na segunda parte do livro a punição apresenta-se como uma possível prevenção ao delito. O interesse, segundo o autor, é o uso do corpo como um bem social, coletivo e sinal do castigo, não parece acontecer isso no programa Global? A economia da publicidade, o caráter individual da pena, a existência de uma mensagem simbólica  aparece como uma tecnologia da disciplina. 
Nesse sentido, o homem é uma máquina a ser treinada, um objeto a serviço da mídia. Alguns princípios nesse modelo de poder de marcam as formas utilizadas: a regra da quantidade mínima, a regra da idealidade suficiente, a regra dos efeitos colaterais, a regra da certeza perfeita, a regra da verdade comum, a regra da especificação ideal. Esses princípios foram as bases de um modelo de punição onde a economia da eficiência, a humanização, a disciplina servia como ferramentas ao poder da burguesia dominante da época e se repete na televisão de hoje.
Na terceira parte do livro a disciplina aparece como questão de destaque. Os corpos dóceis, metáfora utilizada por Foucault, são representados como objetos que podem ser transformados, treinados intensamente, utilizados na mecânica do poder com obediência e eficácia. Esse treinamento estaria indicado não apenas nas prisões, mas em todas as instituições onde pequenas relações sociais se fazem presentes como a escola, a igreja, a família, os hospitais, no que ele chama de microfísica do poder. 
Os recursos para o adestramento compõem a repetição de tarefas, de imagens, a coerção, a obediência, o controle do tempo e do espaço, o castigo, as privações, a humilhação. A disciplina ocupa-se de classificar o sujeito e normatizar as relações para hierarquizar o exercício do poder. Aparece nesse cenário o Panóptico de Bentham, figura que representa a vigilância constante do Estado, da TV,  sobre o indivíduo. A visibilidade constante, o saber estar sendo vigiado, a solidão sequestrada e olhada, evidencia a arquitetura de controle onde o homem parece ser um animal num laboratório do poder. Essa arquitetura não fica restrita apenas as prisões, mas ramifica-se nas escolas, hospitais, forças militares e outros. A máquina Panóptica segue seu objetivo como aparelho secular do poder, seus olhos, seus braços, sua máquina de vigiar e controlar na sociedade moderna e mostra-se também na sociedade atual.
Por fim, os mecanismos de punição, de controle, vigilância são muitas vezes ferramentas do exercício de poder praticado pelos grupos dominantes. O autor denuncia que os verdadeiros objetivos do ato de vigiar e punir são manipulados e utilizados para benefícios de poucos. As regras deveriam servir para a harmonia e o bem-estar da sociedade e não apenas objeto de sujeição. 
Os desafios ainda estão presentes quando enxergamos, ou não, os muitos olhos que nos vigiam, o controle constante de nossos espaços e tempos, o caos NAS ESCOLAS , e nos presídios brasileiros; o suplício dos tempos atuais. A leitura desse clássico é um convite ao debate sobre as relações de poder que exercermos em nossas instituições e suas consequências. Assim, é relevante pensar se a educação que oferecemos está a serviços de formatar corpos dóceis, treinados, obedientes, televisivos, estáticos, ou se atua para formar sujeitos críticos, protagonistas e atuantes? Resposta difícil em nossa sociedade de milhões de Big Brothers.



FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento das prisões. Petrópolis, Vozes. 31º ed. 2006. 288p.
IMAGEM: Internet.



sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

FIQUE LIGADO, CHEGOU A BASE NACIONAL COMUM (BNCC)!

FIQUE LIGADO, CHEGOU A BASE NACIONAL COMUM (BNCC)!


Algumas considerações 

Marli Dias Ribeiro


A Base Nacional Comum Curricular  (BNCC) é um documento, uma política de Estado, já previsto desde de a Constituição de 1988 e somente agora teve força para avançar. Os debates tiveram início ainda no governo Dilma Rousseff com a aprovação do Plano Nacional de Educação para o decênio 2014-2024. Inicialmente, o cronograma previa que fosse concluída a BNCC em 2016, mas somente no final de 2017, no dia 20 de dezembro, depois de longos debates, foi homologada para Educações Infantil e para o Ensino Fundamental. Os ajustes para o Ensino Médio ainda estão em andamento.  Nesse período, ocorreram 27 seminários Estaduais e 3 versões do documento.  Foram mais de 4 milhões de participações na construção da proposta. 

Segundo o Ministério da Educação um dos principais objetivos da base é reduzir as desigualdades de aprendizado dos alunos estabelecendo habilidades e competências em cada etapa da educação e indicando conteúdos mínimos a serem trabalhados. Ainda, segundo o MEC, a implantação deverá durar 2 anos e depois do parecer do Conselho de Educação a BNCC será homologada pelo MEC e se tornará obrigatória em todo país para escolas públicas e particulares. 

Ela, a base,  passará a direcionar os currículos, os livros didáticos e a formação docente, entres outros. É importante lembrar que a base servirá de elemento suporte para o currículo, seu ponto de partida, e que caberá aos Estados e municípios, junto com o MEC apoiar a elaboração e adequação dos currículos das redes de ensino de acordo com as competências estabelecidas pela BNCC.

Na Educação Infantil as competências foram organizadas em Direitos de aprendizagem e desenvolvimento; e Campos de Experiências. No Ensino Fundamental os componentes de todas as disciplinas atuais estão mantidos, no Ensino Médio a BNCC define conhecimentos comuns e obrigatórios em todas as instituições de ensino, eles ocuparão 60% do total da carga horária e os outros 40% serão optativos.

De fato, parece ser consenso que a BNCC sozinha não tem condições de modificar todos os problemas da Educação brasileira, contudo mostra-se como mais uma ferramenta que pode auxiliar e impulsionar outras ações nessa direção. Conhecer a base e compreender seus objetivos auxiliará na organização da escola e na atualização das Propostas Pedagógicas. As equipes gestoras, os professores podem iniciar os estudos sobre o documento e levar o debate á  comunidade. Refletir juntos é sempre a melhor opção. Participação forte, escola forte.

Fonte: Ministério da Educação e http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

Sugestão para saber mais:  Guia da Base Revista  Nova Escola



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

VOCÊ LIDERA COM AMOR?



Você lidera com amor?

Um educador pode liderar e lapidar diamantes com seu amor.

                                                                                                                    
Por Marli Dias Ribeiro


       Para se relacionar com a comunidade escolar, seja em sala de aula, atuando em regência de classe, seja como coordenador pedagógico ou gestor,  o estilo de liderança apresenta-se como tópico essencial na escola. Várias características estão frequentes em líderes de sucesso e podem ajudar na reflexão de nossas práticas. Abaixo, algumas ações que considero primordiais em nossa jornada educativa:

  • Trabalho em equipe. Confie no talento dos seus colegas de trabalho e acredite na gestão democrática e participativa. Todos sempre podem colaborar de alguma forma, atribua valor a ação de cada professor, aluno, pai e demais pessoas da escola.
  • Estudo sempre. Mantenha-se atualizado e disposto a mudar e promover inovações tanto na parte pedagógica, quanto na parte administrativa e de gestão de pessoas e recursos. O estudo abre novas possibilidades. Como nos lembra Paulo Freire “ aprendemos sempre, ninguém sabe tudo”.
  • Persistência e paciência. Seja persistente e disciplinado para cumprir as metas e objetivos traçados em seu planejamento. O planejamento somente acontece se for colocado em prática o que exige mais que a redação, exige a  prática cotidiana.
  • Comunicação. Fale de forma clara. Se comunique de forma objetiva. Não adiante guardar as informações e os projetos nas gavetas. Sem conhecer e compreender os objetivos e ações planejadas o coletivo não caminha. As informações devem circular em todos os setores da escola, seja em bilhetes, em palestras, em avisos, em redes sociais. Comunique!
  • Gratidão. Agradeça. A gratidão ao próximo aproxima o grupo e cria um clima escolar de confiança e ajuda mútua. Não esqueça de elogiar e cumprimentar seus pares.
  • Ética sempre. Num mundo mergulhado em situações de mentiras, roubos, desconfianças, zelar pelos valores humanos torna os relacionamentos mais fortes e duráveis. A educação sempre preza por transformar a realidade para seu melhor. Não desvie suas ações desse caminho.
  • Amor. Ame sua profissão. Sem amor não existe liderança que possa ser exemplo e dar exemplo.
     A ideia não é oferecer receitas, a liderança voltada para a democracia, para a  ação transformadora e ética parece ser fundamental aos educadores que acreditam que a educação pode ampliar horizontes.
Lembrar sempre que educar é impregnar de sentido o que fazemos. Não podemos falar em educação sem falar em amor (Freire, 1987). Educar é uma escolha, é ato de amor.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

VOCÊ SABE COMO SÃO ESCOLHIDOS OS DIRETORES ESCOLARES NO BRASIL?



VOCÊ SABE COMO SÃO ESCOLHIDOS 

OS DIRETORES ESCOLARES NO BRASIL?

POR MARLI  DIAS RIBEIRO

    Estima-se que eles são mais de 135.430 educadores. Os diretores ou gestores escolares não são escolhidos de forma idêntica em nosso país. Alguns são eleitos, outros indicados, e ainda, alguns realizam o concurso público para a função. Dados sobre a formação dos gestores e a forma que assumem a função foram fonte de estudo coordenada por Heloísa Luck, em 2010, diretora educacional do Centro de Desenvolvimento Humano Aplicado (Cedhap), em Curitiba. As formas de provimento no cargo estiveram um longo tempo amarradas em indicações políticas, amizades, apadrinhamentos, e nem sempre as questões éticas e profissionais eram consideradas. 


    Apesar de ainda existirem problemas no acesso e formação para exercer a função, com a indicação legal formalizada na Constituição de 1988 a Gestão Democrática  tem se ampliado. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação -LDB-  também sinaliza no Art. 3 que o ensino será ministrado com base em diversos princípios e, entre eles, encontra-se a “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Nesse sentido, o acesso através da eleição pela comunidade escolar vem ganhando corpo no país.



   Segundo Luck a eleição é utilizada por cerca de 70% das secretarias estaduais e 87% das municipais. Algumas precedem a eleição a provas ou certificações, e listas de até 5 candidatos ainda podem ser encontradas na indicação de prefeitos, governadores e secretários. Dados da Prova Brasil de 2015 apontam que de modo geral 45% são indicados porque em cidades pequenas são um dos principais líderes na comunidade, fato almejado por políticos. 



    Considero a eleição o processo mais democrático e que apresenta vantagens por dar voz a comunidade.  Junto a eleição, fortalecer os conselhos escolares, os grêmios e associações também são importantes estratégias na escola, e muitas experiências exitosas são visíveis quando a participação da comunidade é forte, porém, ainda temos grandes desafios nesse processo. 


   Em algumas situações o clima eleitoral, o despreparo dos candidatos, a rotatividade no cargo, a inexperiência dos gestores iniciantes, entre outros, são fatores que geram conflitos. Aliás, administrar dinheiro, lidar com pessoas, gerir o pedagógico e todas as atividades de uma instituição escolar não é tarefa para amadores.   
      Um processo de formação bem organizado, entretanto, pode ajudar na organização e no amadurecimento desse processo e não deve servir de desculpas para abrirmos mão de uma democracia que ainda está na infância.

    Democracia na escola começa com nossa participação ativa nas tomadas de decisão, no planejamento e sobretudo em nossas salas de aula. Excessos de burocracia, hierarquia e autoritarismo, falta de diálogo são inimigos de escolas democráticas e do sucesso escolar. CONTINUO ACREDITANDO NA DEMOCRACIA, E VOCÊ?

LÜCK. Heloísa. Liderança em Gestão Escolar. 4ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010
MEC- INEP- Prova Brasil 2015.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

EI EDUCADOR, VOCÊ SABE O QUE É O PISA?




EI EDUCADOR, VOCÊ SABE O QUE É O PISA?




Marli Dias Ribeiro

O Brasil ficou entre os  20 piores  no ranking internacional 79 países e territórios avaliados. A China lidera a fila.

    Não estou falando da torre de Pisa. Aqui o assunto é o Programme for International Student Assessment (Pisa) – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – É uma avaliação comparada entre vários países, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 8º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica sendo obrigatória na maioria dos países. Essa exame avaliativo é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, a coordenação do Pisa é responsabilidade do Inep e acontece a cada 3 anos.
    O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. As provas são de três em três anos e incluem conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas. 

    O Brasil participa do PISA desde do ano 2000. No ano de 2015 o exame testou cerca de 540 mil estudantes de 15 anos de idade de 72 países. Nas três áreas avaliadas, ciências, leitura e matemática, os estudantes brasileiros tiveram desempenho abaixo da média da OCDE. Entre as 72 nações, o relatório mostrou o País na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática. Em ciências, os alunos brasileiros obtiveram 401 pontos contra 493 pontos da média da OCDE, em leitura, 407 pontos ante 493, e em matemática, 377 pontos contra 490.
      Em 2018, segundo o INEP  13 mil jovens participaram das provas e os resultados saem em 2019. Um dado relevante é que segundo o INEP:

 o foco do Pisa 2018 é Leitura, essa área do conhecimento teve mais questões a avaliação.  A proposta para esta área foi de analisar o conhecimento dos estudantes tendo como base a diversidade de um mundo globalizado, incluindo as habilidades de leitura necessárias, na atualidade, para crescimento individual, sucesso educacional, participação econômica e cidadania.


    Especialistas atribuem que o baixo rendimento dos alunos está associado a um conjunto de fatores tais como baixo investimento na educação, má qualidade, pouca valorização na formação docente, infraestrutura precária em muitas escolas, alta taxa de reprovação e evasão. Apesar de estarmos colocando muitos alunos na escola ainda pecamos quando o quesito é qualidade.

     Temos muito a fazer para levantar essa torre e evitar que ela caia de vez. Não percamos a esperança...valorizar o professor é nossa grande alternativa para sair da estagnação.













segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

PROFESSORES E GESTORES NA PANDEMIA : LIDERANÇAS QUE TRANSFORMAM


LIDERANÇA QUE TRANSFORMA

 PROCESSO ESSENCIAL AO SUCESSO ESCOLAR

Marli Dias Ribeiro




               Imagem: Pixabay

       Em tempo de crise como os vivenciados na atualidade  os educadores tem mostrado grande potencial de liderança. A liderança exercida por gestores e por  professores em suas salas e na escola é um processo quase que natural, visto que, á frente do grupo de estudantes eles organizam e planejam as atividades pedagógicas. Agora essas habilidades aparecem no Ensino Remoto de modo surpreendente.

      Segundo Harmit (2014), a estrutura das escolas brasileiras não atribui ao professor a importância de exercer liderança de forma efetiva. Muitas vezes as ações são organizadas somente pela direção ou pelos coordenadores pedagógicos. O desafio da gestão democrática é que essas atribuições não fiquem apenas vinculadas á direção, coordenação e administrativo da escola, mas que sejam compartilhadas e construídas com  todos que apresentem  habilidades  de liderança junto aos estudantes  e também aos outros professores.


      Investir no desenvolvimento de professores líderes e prover suporte às suas ações têm se mostrado, em alguns países, um caminho possível e bastante promissor não só para gerar um novo clima organizacional dentro da escola, mas também para garantir um grau maior de eficácia da equipe pedagógica na realização de sua tarefa primordial: a melhoria no nível de aprendizagem dos alunos.

      Algumas habilidades são destacadas em professores que são líderes em suas escolas. Esses profissionais compartilham recursos, planeja junto com seus colegas dando suporte em sua área de conhecimento, conhece o currículo, estuda, age como facilitador de aprendizagem. 
    Citando Harmit (2014): O professor líder assume um papel fundamental ao compartilhar com os colegas alguns recursos como web sites, artigos de revistas especializadas, propostas de atividades ou outros materiais relevantes que sirvam de suporte ao trabalho de seus colegas. 

      A liderança vai além da atuação em sala quando a construção coletiva leva os líderes a compreenderem a proposta pedagógica da escola, o currículo e o conjunto de conteúdo, habilidades e competências a serem desenvolvidos pelos alunos. É fundamental pensar a liderança  para que a equipe de professores trabalhe de forma coesa e coerente. Liderar é inspirar para a transformação!

      Henri (2014), enumerou sete práticas que podem sugerir ou indicar um caminho: Assumir que não sabe de tudo, tornar-se dispensável, ir além do currículo, ser acessível, criar um ambiente em que seja fácil aprender, ensinar com alegria e entusiasmo. Ser líder é dar poder aos outros para que sejam agentes autônomos. Ser exigente quando é preciso, não se pode educar ninguém somente com discursos,  disciplina também faz parte do aprendizado.

          Líderes educadores criam um ambiente onde é seguro errar e normal fracassar. O erro muitas vezes torna-se uma chance de crescimento e avanço. 


        Enfim, a liderança em ambientes escolares requer posturas e ações de professores responsáveis com mudanças efetivas em prol dos alunos. Liderar com vistas a alcançar resultados que possam promover uma educação transformadora e formadora de pessoas preocupadas com o bem comum.

        LIDERAR é ser flexível, paciente, visionário, acreditar na potencialidade do outro, trabalhar democraticamente. Isso os professores tem mostrado dia a dia buscando seus alunos e transformando suas estratégias durante a pandemia. Parabéns educadores!


A educação, na verdade, necessita tanto de formação técnica, científica e profissional como de sonhos e de utopia. (Paulo Freire, 1997)

PARA SABER MAIS...

HENRI, Fábio. – Pais Normais - http://www.websegura.blog.br/7-praticas-que-transformam-professores-em-lideres
HARMITT, Carlos. O Professor Líder - Liderança na Escola e na Sala de Aula. http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/o-professor-lider-lideranca-es. php.
IMAGEM: ttps://www.fclrconsulting.com/resources/what-kind-of-leader-are-you













sábado, 13 de janeiro de 2018

QUANDO O DESAFIO É A EXCLUSÃO, O MEDO E A VIOLÊNCIA



O MEDO E A VIOLÊNCIA INVADEM AS SALAS DE AULA

Marli Dias Ribeiro


Imagine as crianças em sala de aula quando o tiroteio começa. O medo e o pânico se instalam, alunos e professores se jogam no chão, se encolhem num canto, nos  corredores, até tudo se acalmar. Violência deixa mais de 1.800 alunos sem aulas no Rio de Janeiro esse mês de junho(1).

            Parece redundante mas reforçar que crianças e jovens em vulnerabilidade social  estão em desvantagem nas escolas, ainda é um tabu para muitos educadores, POR ISSO PRECISAMOS REPENSAR e agir. 

     O fato é que eles, os estudantes,  chegam com uma bagagem ( capital)  cultural, como nos diz 
Bourdieu,  muitas vezes menor. Essa situação vincula-se em muitos casos com o  afloramento da violência na escola. 

        A desvantagem social pode ser observada em fatores de ordem externa (moradia, baixa renda, acesso a alimentação, saúde, etc.) ou interna (dificuldades psicológicas, relacionais, transtornos etc.), e claro, impacta  os resultados escolares. 

       Muitas vezes as famílias, as comunidades e até a escola reforçam essas situações de exclusão e não oferecem apoio adequado. Nesse sentido, alguns jovens acabam inserindo-se num ciclo que envolve a pobreza, a violência, o abuso de drogas, à discriminação racial e étnica, (Waxman H., 1992) passando para a  situação de risco por causa dos fracassos sofridos tanto no seu desenvolvimento cultural, familiar quanto  escolar. 


      De fato, a escola enquanto instituição pública, em muitos casos, não consegue reverter o ciclo de exclusão e fracasso, apesar de estar claro que os fatores que geram a exclusão e a violência sejam variados. Sozinha a escola não pode resolver todas as mazelas, porém ela é determinante para promover a melhoria de muitos desses fracassos.


     Compreender nosso papel de educador e ajuda a melhorar nossas práticas de enfrentamento à questão da exclusão e da violência É FUNDAMENTAL. Compreender nossa função e prática educativa  nos orienta a reorganizar nossas escolas, nossos projetos, nossos modelos de avaliação e a nossa preparação, nossa formação  enquanto professores. 

     Assim, um trabalho conjunto de profissionais da educação, integrados, organizados em prol de ações preventivas e curativas, baseados em projetos de ideologias democráticas e participativas podem intervir na escola e consolidar ações concretas no enfrentamento dos problemas que agridem nossos jovens alunos. 


      Tarefa fácil? Não. Mas alguém tem que começar, e que seja eu, que seja você,  todos nós.


WAXMAN H. C. et al. (Org.). Students at risk in at-risk schools: improving environments 
for learning. Newbury Park: Corwin Press, 1992.

1-http://educacaointegral.org.br/reportagens/rio-de-janeiro-entre-a-violencia-e-o-direito-a-educacao/

IMAGEM: nacional@dgabc.com.br 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

EDUCAÇÃO, JUVENTUDES, NEGRAS E NEGROS NO BRASIL: ALGUNS PONTOS QUE TODOS PRECISAM SABER


EDUCAÇÃO E JUVENTUDES NO BRASIL

ALGUNS PONTOS QUE TODOS OS EDUCADORES  PRECISAM SABER 



POR MARLI DIAS RIBEIRO

Imagem: https://www.ceert.org.br/noticias/direitos-humanos/7166/cpi-ouve-em-mg-sugestoes-de-combate-a-violencia-contra-negros


O Brasil é formado em sua maioria por jovens pardos ou negros, economicamente (83,5%) pobres

        A juventude é um dos objetos de trabalho da Pedagogia Social e debater o perfil do jovem pode ser mais uma possibilidade de ampliar horizontes acerca dos desafios que envolvem esse grupo. O conceito de jovem e juventude aparece envolto na cultura e nas relações sociais e não está unicamente marcado por fatores de ordem etária ou fatores biológicos. 
    Hoje, falamos em juventudes, e grupos de jovens,  devido as características percebidas, enquanto resultados de contextos que atravessam determinadas gerações, e em alguns momentos,  se cruzam.
         A pirâmide etária do Brasil vem sofrendo transformações ao longo das últimas 3 décadas, mas nosso pais, é um pais ainda jovem, com seus 50,2 milhões de rapazes e moças. 
        Uma nação de sujeitos ativos que está inserida num planeta que se prepara para passar à idade adulta em um mundo cada vez mais desigual, competitivo e líquido. Estudar esse grupo é um desafio constante pois, o impacto de suas características são indicadores importantes para qualquer Nação.

      Em termos didáticos o recorte etário para juventude inscreve-se em duas abordagens: A Convenção Ibero-americana de Direitos da Juventude e a Organização das Nações Unidas (ONU) consideram que a juventude é o período compreendido entre 15 e 24 anos, faixa etária também adotada pelo Brasil até a promulgação do Estatuto da Juventude, no Brasil, ficou delimitado, como juventude, o indivíduo da faixa etária de 15 a 29 anos. Na classificação brasileira atual (15 a 29 anos), os indivíduos são agregados por faixas de idade e classificados como jovens ao longo desses 15 anos. 
    Os grupos são separados levando em consideração características mais marcantes, e o contexto sócio educacional. Desta forma:
  •  De 15 a 17 anos o jovem é classificado como adolescente, 
  • De 18 a 24 anos chega a maioridade penal, normalmente, finaliza a educação básica, iniciando, em alguns casos, a formação universitária ou técnica, 
  • De 25 a 29 anos destaca-se o final da juventude em que a autonomia do indivíduo se consolida, cursando o nível superior, entrando no mercado de trabalho formal. É nessa fase que existe um percentual maior de jovens que se casa ou sai da casa dos pais.
       Muitos são os dados apresentados sobre a realidade da juventude brasileira. De forma resumida, podemos destacar que esse grupo no Brasil é formado em sua maioria por jovens pardos ou negros, economicamente (83,5%) pobres, que vivem em famílias com renda per capita inferior a 1 salário mínimo. Em relação a escolaridade a evasão e a defasagem atinge principalmente os jovens de 15 a 17 anos e onde cerca de menos de 2% somente, haviam concluído o Ensino Médio. 

    Nacionalmente, a taxa de quem frequenta ou já frequentou a escola também é baixa, apenas 18,7%. Essa realidade atinge sobremaneira os jovens negros e de baixa classe social quando comparamos as classes mais favorecidas um reflexo direto da desigual distribuição de renda do pais.

      Como  os jovens das gerações passadas, a marca da transformação e da mudança também identificam essa geração. Num mundo cercado por tecnologias e mudanças rápidas, a vida está ligada diretamente à necessidade de informação imediata, e o jovem se caracteriza pela ansiedade, velocidade, inconstância e, consequentemente, pelo contato constante e direto à tecnologia.
     A regra social vincula-se ao consumo e a pouca renda é gasta com eletrônicos, bebidas, cosméticos, roupa, gastronomia, viagens e balada. Ou seja, consumo diretamente relacionado ao prazer, sem planos para o futuro, o momento é o agora.

     As preocupações sociais giram em torno de garantias como segurança, o trabalho, e as lutas da geração atual parecem ligadas a ideais diferentes das gerações anteriores. O foco principal aparece em direitos das mulheres, na desigualdade social, no meio ambiente, no trabalho que gere prazer, nas redes sociais.
       De muitos desafios que cercam a juventude, talvez a violência seja o que mais impressiona. Os dados são alarmantes. No Mapa da Violência no Brasil, estudo de Waiselfiz (2016), é possível afirmar que praticamente 95% da utilização letal das armas de fogo no Brasil tem como finalidade o extermínio intencional do próximo. 
         Mais de 90% de casos de mortes por homicídios são de homens jovens. E ainda instigante notar que aos 20 anos de idade os homicídios por atingem a impressionante marca de 67,4 mortes por 100 mil jovens, dados que são maiores que de países em guerras e conflitos. No Alagoas, em 2014, foram assassinados 60 brancos e 1.702 negros revelando o viés de gênero bastante forte nas mortes.
       A vida do jovem brasileiro é marcada por grandes desafios. Mesmo sendo a população que carrega a marca de ser responsável pelo futuro do pais, ainda são precárias as condições de vida a qual estão submetidos, ainda falta educação, segurança, saúde. O Brasil não mantém políticas públicas fortes que atendam esses sujeitos, e muitos deles nem trabalham, nem estudam, estando vulneráveis à exploração, ao desvio e baixa qualidade de vida.

      Por fim, agregar esforços para compreendermos esses sujeitos e associar a essa questão garantias de vida dignas, políticas públicas eficientes, poderiam alterar problemas como a violência, o abandono,  e outros tantos.    Essa tarefa não pode ser realizada por uma instituição isolada, a complexidade do assunto, merece uma ação coletiva e persistente de todos e obviamente de nós educadores, de nossas escolas, de toda sociedade.


Referências:

WAISELFIZ, Júlio Jacob. Mapa da violência: homicídios por armas de fogo, 2016. Brasília: Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR); Secretaria de Governo da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude (SNJ). Brasil, 2016.

CODEPLAN. O Perfil da Juventude do Distrito Federal Uma análise dos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2015/2016.

BOTELHO, Rosana Ulhôa. SILVA, Enid Rocha Andrade da. Dimensões da experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas– Brasília: Ipea, 2016.


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

PEDAGOGIA DA PRESENÇA, PROXIMIDADE E PARTIDA




UM  DIÁLOGO  PEDAGÓGICO 

COMO  OPORTUNIDADE DE PRESENÇA, PROXIMIDADE E PARTIDA


Por Marli Dias Ribeiro

Imagem elaborada por Síveres (2015)


                Pedagogia é a arte de aprender e ensinar. Uma arte que pode encontrar no diálogo a mais sólida base. 
    Imaginar uma pedagogia que consiga perpassar a lógica racional e nos envolver numa caminhada de encontro, de diálogo e ação traduz a pedagogia apresentada. Essa tríade escrita por Síveres (2015) em seu livro:  Encontros e diálogos: pedagogia da presença, proximidade e partida nos remete a movimentos muitas vezes esquecidos por nós educadores ao entrarmos em nossas salas de aula, nas escolas, em nossas reuniões pedagógicas. 
    Ser presença, fazer-se próximo, preparar a partida com vistas a novos horizontes.


            O autor sugere que nossa missão pedagógica, nossa formação passa por dimensões de presença, proximidade e partida. O ser, o saber e o agir, unem-se numa dinâmica do fazer educativo com bases na formação humana, no conhecimento, no fazer pedagógico transformador, construído numa caminhada baseada no diálogo, na fala, no ouvir. A relação recíproca de ouvir e falar parte do encontro de gente que cuida, que se forma numa trilha de pensamentos profundos e reflexivos. 

            O diálogo proposto é um presente, um ser presente e, é o sentir a presença do outro. Aproximar-se, criar laços, estar ao lado para apoiar. Um vínculo que somente o diálogo pode ser capaz de produzir e gerar. Fazer das relações educativas na escola, momentos de profunda reflexão sobre as dimensões éticas, sociais e afetivas para romper com repetições de conteúdos sem sentido, sem vida, sem conexão é pedagogia do e para o diálogo.

           Encontro, diálogo e pedagogia uma tríade forte. Um tríade que não propõe despedidas, mais um partir que sugere a liberdade, a percepção da autonomia do outro, a oportunidade de dar um novo sentido à ação, depois da vivência,  o encontro. 

          Uma pedagogia dialogal indica uma conscientização de um aprender por meio do diálogo, da busca pelo conhecimento vinculado ao fortalecimento de uma  formação mais humana. 

    Assim, uma formação que marca e coloca sentido à vida, que integra e articula saberes, dá força,  novo sentido à tarefa de ensinar e aprender.  Leiam, e apreciem essa obra sem moderação.


SEGUE O LINK PARA LEITURA COMPLETA DO LIVRO.

Síveres, Luiz.  Encontros e diálogos: pedagogia da presença, proximidade e partida. Brasília: 
Liber Livro, 2015. 

Pedagogia Alpha 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

PREPARANDO A SEMANA PEDAGÓGICA

 PREPARANDO A SEMANA PEDAGÓGICA



         As aulas já vão começar... Já preparou tudo para início do ano letivo?


Por Marli Dias Ribeiro 


 O início do ano letivo  promove  a oportunidade da comunidade escolar olhar para o que fez no ano anterior e avançar no ano que vai começar. É um tempo que deve ser preparado  com carinho e profissionalismo por parte da equipe gestora.

      Uma recepção bem planejada e organizada faz parte do planejamento de toda boa escola. Nem todas as equipes gestoras dão a devida importância ao dia de retorno dos professores e a organização da semana pedagógica. 
             Essa primeira atividade com o coletivo da escola pode ampliar as possibilidades de sucesso do ano letivo que vai começar. Por isso planeje o espaço, a pauta, os debates e propostas com antecedência.  Diagnósticos  e novas metas, revisão de projetos e outros temas da realidade escolar  não podem faltar.

         Busque preparar um ambiente acolhedor, se possível,   uma poesia, música, informativos sobre as turmas, horários, novidades sobre educação, algum material novo adquirido, organizar uma roda de conversa, troca de experiências, destacar os melhores momentos do ano que findou, realizar uma dinâmica são algumas das atividades que podem ser realizadas. 
          Uma dica de ouro é dividir as atividades de modo a não sobrecarregar o primeiro dia com questões puramente administrativas, o ideal talvez,  seria mesclar e distribuir de modo mais harmônico as atividades ao longo da semana. CUIDADO PARA NÃO FICAR PRESO EM TEXTOS, PALESTRAS LONGAS  que não estão vinculadas a realidade e contextos da escola. Se o grupo está recebendo novos profissionais é o momento adequado para que se apresentem. 

         A semana pedagógica deve ser também um momento de reflexão sobre os resultados da escola, os projetos realizados, a atualização e revisão  da Proposta  Pedagógica. São poucos os momentos em que é possível reunir toda comunidade para debater a educação que será oferecida aos alunos, por esse motivo, faça de sua semana pedagógica um momento acolhedor de boas-vindas, de estudo, e claro, de avaliação para o novo ano que se inicia. 
            Cada comunidade tem sua história e essa marca pode ser o grande segredo para preparar e tornar a semana, ou dia de acolhida,  inesquecível.
          
       E lembre-se : iniciar o ano acolhendo com dedicação e carinho promove um clima escolar favorável para a rotina do ano todo.

         E você, já preparou sua semana pedagógica?  Espero que sim.
         
Bom retorno. E muitos aprendizados nessa nova jornada.
Abraços.



terça-feira, 9 de janeiro de 2018

QUE TIPO DE LÍDER VOCÊ DESEJA SER?

EU ACREDITO NO MODELO DE LIDERANÇA APOIADO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA, E VOCÊ?

Que tipo de líder você deseja ser...

           Marli Dias  Ribeiro

Para se relacionar com a comunidade escolar, seja em sala de aula, atuando em regência de classe, seja como coordenador pedagógico ou gestor o estilo de liderança apresenta-se como tópico essencial na escola. 

Algumas características estão frequentes em líderes de sucesso e podem ajudar na reflexão de nossas práticas. 

Seguem algumas dicas e atitudes observadas:

  • Trabalhe em equipe. Confie no talento dos seus parceiros e acredite na gestão democrática. Todos sempre podem colaborar de alguma forma. 
  •    Estude sempre. Mantenha-se atualizado e disposto a mudar e promover inovações tanto na parte pedagógica, quanto na parte administrativa e de gestão de pessoas e recursos.  
  • Persistência. Seja persistente e disciplinado para cumprir as metas e objetivos traçados em seu planejamento. O planejamento somente acontece se for colocado em prática o que exige mais que a redação mais a prática cotidiana.
  • Fale de forma clara. Se comunique de forma objetiva. Não adiante guardar as informações e os projetos nas gavetas. Sem conhecer e compreender os objetivos e ações planejadas o coletivo não caminha. As informações deem circular em todos os setores da escola, seja em bilhetes, em palestras, em avisos, em redes sociais. Comunique!
  • Agradeça. A gratidão ao próximo aproxima o grupo e cria um clima escolar de confiança e ajuda mútua. Não esqueça de elogiar e cumprimentar seus pares.
  • Ética sempre. Num mundo mergulhado em situações de mentiras, roubos, desconfianças, zelar pelos valores humanos torna os relacionamentos mais fortes e duráveis. A educação sempre preza por transformar a realidade para seu melhor. Não desvie suas ações desse caminho.
  • Ame sua profissão. Sem amor não existe liderança que possa ser exemplo e dar exemplo de participação e acolhida.



Espero que conseguimos nos direcionar por essas dicas.
  Desejo que simmm.



SOBRE PESADELOS E SONHOS

  SOBRE PESADELOS E SONHOS Marli Dias Ribeiro  S onhos... Penso ser mais agradável iniciar pelos pesadelos, pois prefiro encerrar a escrita ...

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