E você, tem dialogado ou
apenas se comunicado com seus pares?
Marli
Dias Ribeiro
Dialogar tem sido uma tarefa desafiadora nos tempos pós-modernos. Vivemos imersos em excessos de informações e afazeres em casa, na escola, sobrecargas. A comunicação na atualidade se caracteriza por ser rápida, volátil, e porque não dizer, silenciosa e excludente, onde isola, de certa forma, os interlocutores frente a suas telas minúsculas e digitais.
As formas de comunicação nem
sempre estão estabelecidas por meio do efetivo diálogo. Nas relações sociais o
tipo de conhecimento, as habilidades de que as pessoas precisam distribuem-se e
circulam de forma dispersa entre múltiplos circuitos, instrumentos e recursos
de informação e interação, e por vezes, a fala, a escuta, o diálogo são
esquecidos.
Nesta perspectiva o diálogo, se
apresenta e se realiza basicamente sob a forma digital, distante, seja quando
teclamos ininterruptamente por meio do uso de celulares, e-mails, seja
utilizando outros recursos tecnológicos para a realização da comunicação e, não
é incomum, observarmos que as relações pessoais são afetadas com esta prática
em todas as esferas sociais. Nas instituições educativas seus reflexos também
são evidenciados por ser a escola lugar de intensa convivência social.
Gerir e liderar essa interação
é um grande desafio. Síveres (2015, p.
25 afirma que: “A vida humana constitui-se não apenas na predominância das
condições econômicas, políticas ou sociais, mas pode ser complementada pela
dimensão relacional com base no pressuposto dialogal”. O diálogo precisa
nortear cada passo das ações planejadas na escola.
O diálogo acontece independentemente
de quais sejam as realidades de seus interlocutores, pois há uma continuidade
de expressões e informações que nos sãos enviados sob as diversas formas da
comunicação como, por exemplo: fala, escrita, desenho, dança entre outros e,
independem das condições sociais e culturais destes indivíduos.
Pensar
o diálogo como elemento norteador de práticas educativas e sobretudo da gestão
da escola, pode nos indicar possibilidades de ação, reflexão e novas
construções nas comunidades escolares. Refletir na gestão como espaço de não
adesão da racionalidade instrumental e um mundo sem sentido onde a ação existe para
servir à ininterrupta eficácia e a falta de sentido, perceber que a ação e o gera
procedimento do gestor agregador de sentido.
Gaulejac
(2007), faz referência à gestão e a associa ao diálogo. Ela apresenta-se como
possibilidade de mudança, também, como autocuidado com a saúde física e psíquica,
apresentam-se, então, como solução para um problema que a própria atividade de
gestão. O diálogo talvez seja a mais expressiva forma de democratizar as
relações humanas. E você, tem dialogado ou
apenas se comunicado com seus pares?
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