quarta-feira, 3 de março de 2021

ANO LETIVO DE 2021: E OS PROFESSORES E GESTORES QUE CONTINUEM CARREGANDO O PIANO, QUE AGORA ESTÁ MAIS PESADO!

 

ANO LETIVO DE 2021: E OS PROFESSORES E GESTORES QUE CONTINUEM CARREGANDO O PIANO, QUE AGORA ESTÁ MAIS PESADO!

Por Marli Dias Ribeiro

 

As aulas estão de volta na rede pública neste nosso Brasil, mesmo que de forma remota. Depois de um ano de grandes desafios e que mostrou a capacidade quase sobre-humana dos professores e gestores escolares, em reorganizarem todo espaço educativo, as aulas, os tempos, os currículos, sem vacinas, e com sobrecarga de trabalho, sem a existência de ações efetivas do poder público e planejamento sólido governamental , o reinício  aflinge o ano letivo de 2021.



Me perguntem, que projetos ou políticas públicas foram organizadas para atender as escolas brasileiras? 

Não recordo e não vejo destaque em uma única.

Acesso a computadores, celulares, internet, ou outros recursos? Mesmo sabendo que o computador seja, hoje, fundamental às escolas e aos estudantes com vistas a atender as metodologias híbridas e remotas que devem romper até o final do ano, quase nada se fez.

A informática talvez seja a área que mais influenciou os recursos tecnológicos do século passado, e isto se deve ao avanço tecnológico na transmissão de dados e às novas facilidades de comunicação. Existe informática em quase tudo e em quase todos os produtos. É muito difícil pensar em mudanças sem que, em alguma parte do processo, a informática não esteja envolvida (ARAÚJO, 2017).

Milhões de estudantes continuarão sem acesso aos avanços, sem acesso a uma educação que chegue com efetividade a seus lares. Estão e continuarão no mapa da exclusão digital, social e econômica.

Por outro lado, cabe destacar que inclusão digital é muito mais do que modismo, é realmente melhorar as condições das comunidades mais pobres com a ajuda da tecnologia. Incluir digitalmente não é apenas alfabetizar a pessoa em informática, mas também, melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores (ARAÚJO, 2017).

Infelizmente o abismo entre qualidade e acesso tende a se ampliar na educação. 

Sinto que teremos mais um ano de muito trabalho, muitos improvisos e desculpas esfarrapadas das Redes de Ensino. 

E os professores e gestores que continuem carregando o velho e desafinado piano, agora, ainda mais pesado e sem conexão de internet!

 

ARAÚJO, Marco Antônio Pereira. A Inclusão Digital como Estratégia para Resgate da Cidadania e Diminuição da Exclusão Social e Econômica. Revista Interdisciplinar de Direito, [S.l.], v. 6, n. 1, ago. 2017. ISSN 2447-4290. Disponível em: <http://revistas.faa.edu.br/index.php/FDV/article/view/50>. Acesso em: 03 mar. 2021.

Imagem: Pixabay

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Dica de leitura- A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC

            

A gestão escolar e a gestão da sala de aula: desafios e possibilidades a partir da BNCC



Marli Dias Ribeiro


             Com o advento da nova Base Nacional Comum Curricular, pensar em gestão escolar e em gestão da sala de aula quanto a seus aspectos pedagógicos se mostra uma questão relevante, sobretudo ao enfatizá-las como elementos que podem direcionar a escola às dinâmicas intrínsecas aos processos de ensino e aprendizagem.

         As relações estabelecidas em sala de aula, a organização do espaço da sala, os planejamentos realizados pelo docente são questões interligadas aos processos da gestão escolar e importantes fatores para que as aprendizagens se concretizem.

            Para Tardif (2002), ao entrar na sala de aula, o professor coloca-se diante de seus alunos, criando condições e esforçando-se para estabelecer relações, interações, saberes. Essa atividade docente rotineira atravessa o espaço de sala de aula, perpassa outros espaços da escola, revela valores, orienta relação com a turma e com outros pares, apresenta-se em toda a escola, e a gestão escolar agrega esse conjunto de relações. Assim, a gestão escolar e a gestão de sala de aula são indissociáveis quando a aprendizagem do estudante é colocada em questão.

    Ao considerarmos o currículo como norteador da gestão, este artigo toma como referência o que traz a BNCC, mostrando que: as competências e diretrizes são comuns, os currículos são diversos. O segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, a LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a serem ensinados (BRASIL, 2018, p. 11).

    Para esperançar é sempre indispensável refletir  a gestão da sala de aula e a gestão da escolar como  essenciais quando o enfoque perpassa uma educação que inclua e que seja de qualidade. Pouco se tem debatido sobre este entrelaçamento tão importante  para a BNCC e   para os currículos. 



O artigo completo pode ser lido em: http://revistas.anec.org.br/index.php/revistaeducacao/article/view/272

REVISTA ANEC



    

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Democracia e Escrita Feminina: Trecho de fala no Evento Mulherio das Letras Portugal


O Mulherio das Letras Portugal é um coletivo feminino, espontâneo e independente, vinculado ao movimento Mulherio das Letras Nacional - Brasil, mas de carácter autônomo e colaborativo. Começou em março de 2018, coordenado por Adriana Mayrinck (In-Finita) em Lisboa e reúne autoras que escrevem em língua portuguesa, nascidas, residentes ou que visitam Portugal para divulgar a literatura e a cultura lusófona.


Para saber mais: https://mulherioportugal.blogspot.com/


terça-feira, 13 de outubro de 2020

E VOCÊ, TEM DIALOGADO OU APENAS SE COMUNICADO COM SEUS PARES?

 

E você, tem dialogado ou apenas se comunicado com seus pares?

Marli Dias Ribeiro




 Dialogar tem sido uma tarefa desafiadora nos tempos pós-modernos. Vivemos imersos em excessos de informações e afazeres em casa, na escola, sobrecargas. A comunicação na atualidade se caracteriza por ser rápida, volátil, e porque não dizer, silenciosa e excludente, onde isola,  de certa forma, os interlocutores frente a suas telas minúsculas e digitais.

As formas de comunicação nem sempre estão estabelecidas por meio do efetivo diálogo. Nas relações sociais o tipo de conhecimento, as habilidades de que as pessoas precisam distribuem-se e circulam de forma dispersa entre múltiplos circuitos, instrumentos e recursos de informação e interação, e por vezes, a fala, a escuta, o diálogo são esquecidos.

Nesta perspectiva o diálogo, se apresenta e se realiza basicamente sob a forma digital, distante, seja quando teclamos ininterruptamente por meio do uso de celulares, e-mails, seja utilizando outros recursos tecnológicos para a realização da comunicação e, não é incomum, observarmos que as relações pessoais são afetadas com esta prática em todas as esferas sociais. Nas instituições educativas seus reflexos também são evidenciados por ser a escola lugar de intensa convivência social.   

Gerir e liderar essa interação é um grande desafio.  Síveres (2015, p. 25 afirma que: “A vida humana constitui-se não apenas na predominância das condições econômicas, políticas ou sociais, mas pode ser complementada pela dimensão relacional com base no pressuposto dialogal”. O diálogo precisa nortear cada passo das ações planejadas na escola.

O diálogo acontece independentemente de quais sejam as realidades de seus interlocutores, pois há uma continuidade de expressões e informações que nos sãos enviados sob as diversas formas da comunicação como, por exemplo: fala, escrita, desenho, dança entre outros e, independem das condições sociais e culturais destes indivíduos.

Pensar o diálogo como elemento norteador de práticas educativas e sobretudo da gestão da escola, pode nos indicar possibilidades de ação, reflexão e novas construções nas comunidades escolares. Refletir na gestão como espaço de não adesão da racionalidade instrumental e um mundo sem sentido onde a ação existe para servir à ininterrupta eficácia e a falta de sentido, perceber que a ação e o gera procedimento do gestor agregador de sentido.

Gaulejac (2007), faz referência à gestão e a associa ao diálogo. Ela apresenta-se como possibilidade de mudança, também, como autocuidado com a saúde física e psíquica, apresentam-se, então, como solução para um problema que a própria atividade de gestão. O diálogo talvez seja a mais expressiva forma de democratizar as relações humanas. E você, tem dialogado ou apenas se comunicado com seus pares?

 Texto baseado no artigo: O sentido do diálogo na prática de gestão: inquietações e mudanças representativas numa escola pública. Autoras: Marli Dias Ribeiro e Maria do Socorro da Silva de Jesus. Acesso em: https://socialeducation.files.wordpress.com/2019/12/livro_dic381logo-uma-perspectiva-educacional_web.pdf

sábado, 18 de julho de 2020

FOTOGRAFIAS E VÍDEOS NA EDUCAÇÃO REMOTA: Informações e dicas imperdíveis


FOTOGRAFIAS E VÍDEOS NA EDUCAÇÃO REMOTA

Informações e dicas imperdíveis

Marli Dias Ribeiro



Imagem: arquivo pessoal gravação de tele aula TV Justiça


Diante do cenário em que educadores e estudantes estão reorganizando seus tempos, ritmos e modos de aprender, tendo em vista o distanciamento social imposto pela COVID 19, falar sobre mídias na aprendizagem, imagens ( fotografias),  vídeos, pode contribuir para o momento atual de educação remota. 

De modo geral, estamos mergulhados em espaços midiáticos. Dados do site Business insider, em 2013, todos os dias são publicadas mais de  350 milhões de fotos na rede social Facebook. Os Pesquisadores  Jenkins apud Knobel e Lankshear (2010) indicam que : Os educandos fazerem vídeos, em vez de relatórios escritos, pode mudar os mecanismos de aprendizagem, mas não vai alterar a relação hierárquica e pré-estruturada entre professores e educandos ( CENPEC). Essa mudança está vinculada ao modo como os educadores mediam as prática pedagógicas. 

Ferramentas tecnológicas podem ser úteis, se baseadas em práticas dialogadas, participativas, e democráticas. A aprendizagem é um processo que envolve diferentes mecanismos mentais e pode ser motivada por  imagens, com fotografias, vídeos, se usados para    engajar  de forma participativa a comunidade.

Não é de hoje que as fotografias são usadas na educação. O grande educador Paulo Freire, já utilizava imagens ou fotos da própria comunidade, para estimular e promover de forma participativa as interações em suas aulas. A partir de fotos tiradas pelos alunos ele abria espaços de diálogo e de crítica a realidade local. Cada foto da família, da casa do cotidiano, era tema gerador de longos debates. A exemplo, em 1973, em Lima, no Peru, Paulo Freire (e seus colegas) fazia perguntas em espanhol às pessoas. As respostas eram compartilhadas por meio de fotografias. E quem nos dias de hoje nunca fez uma Self ?

Por outro lado, Merchant (2010) apud CENPEC, sugere cinco áreas em que o processo, o uso e compartilhamento de fotos digitais desempenha um papel distinto na aprendizagem.

  • APRENDER POR MEIO DA VISÃO

Vislumbrar e apreciar imagens, quadros, fotografias estimulando a percepção das formas, cores, linhas, traços, tamanhos, tipos. Fazer comparações, descrever, interpretar, dizer o que sente. São infinitas possibilidades a partir do olhar que cada sujeito pode dar a imagem.

  • APRENDER POR MEIO DA REFLEXÃO

O aprendizado por meio da reflexão enfatiza os conteúdos do que é fotografado, isso indica usar as imagens para estimular reflexões. Por exemplo, há projetos pedagógicos que pedem às crianças que pensem sobre a poluição tirando fotos de rios em áreas urbanas. Essas imagens incentivam a pesquisa e o conhecimento das formas de poluição e suas implicações para a vida do rio. As imagens postadas na internet podem ser comentadas pelos educandos, levando a discussões sobre os possíveis resultados de cada poluente ou formas de eliminá-los, por exemplo.

  • APRENDER SOBRE A IMAGEM

A ideia de aprender sobre a imagem é realizar as articulações interdisciplinares. Explorar a linguagem fotográfica, por meio de análises e produções dos educandos. Usar vários conteúdos e relacionar outras áreas do saber. Classificar por temas, conteúdos, lugares, linguagens. Instigar a criação de relações entre as figuras em contextos diferenciados. Exemplo: Imagem de diferentes tipos de vegetação e animais que podem fazer parte destes habitats.

  • APRENDER SOBRE AS MULTIMODALIDADES

Aprender sobre a multimodalidade remete ao estudo de como diferentes formas comunicativas produzem sentido em conjunto. Usa formar variadas de textos e imagens como de anúncios publicitários com fotos, podem evidenciar esse ponto, ajudando a desenvolver um olhar mais crítico sobre a mídia. Relacionar fotos e vídeos sobre temas comuns e suas interpretações.

  • APRENDER POR MEIO DA INTERNET

Aprender sobre a Web e os sites de compartilhamento, discutindo entre si e com o educador aspectos que envolvem essa prática, como a questão da privacidade, ou a utilização de licenças para as imagens, perigos da rede  e outras questões relacionadas reforçam as aprendizagens. A WEB é uma janela ampla de informações que se bem utilizadas intensificam formas variadas de comunicação. 

                Enfim, que essas dicas possam contribuir para  estimular e enriquecer a participação de nossos estudantes usando imagens das mais variadas fontes, de forma ética e construtiva,  e claro, promover a reflexão, a crítica nos tempos em que vivemos. 

                          Bom trabalho a todos, e cuidem-se.

Fonte: CENPEC- Curso : Comunicação digital-  https://www.cenpec.org.br/cursos









domingo, 24 de maio de 2020

A TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO: precisamos refletir a complexidade humana!




 A TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO: precisamos refletir a complexidade humana em tempos de COVID 19!

Marli Dias Ribeiro 




 Pensar em tecnologia, segundo Morin (2003), passa por atentar-se ao fato de que com a tecnologia, precisamos refletir sobre os modos de manipulação novos e muito sutis, pelos quais, a manipulação exercida sobre as coisas implica a subjugação dos homens pelas técnicas de manipulação (...) o homem é manipulado pela máquina e para ela (MORIN, 2010, p, 109). Isolar o homem à questão tecnológica é limitá-lo, educar apenas a partir de tecnologia é limitar o estudante, pois, segundo o autor, a tecnologização é um processo limitado e limitante, que pode inibir situações de mudanças e criações, processos importantes e necessários em toda sociedade, e na escola.
Esse paradoxo deve nos levar a ponderar que:  “A ciência começa e termina com problemas, e seu método consiste na escolha de problemas interessantes e na crítica de nossas permanentes tentativas experimentais e provisórias de solucioná-los (Popper).
Morin (2003) mostra em seus escritos que a técnica que é produzida pelas ciências transforma a sociedade, e a sociedade tecnologizada, retroativamente, transforma a ciência. Esse movimento, esse processo, inter-retroativo perpassa a ciência, o Estado e atravessa as relações na sociedade, e certamente, nossas escolas.
Nesse circuito, o Estado desempenha um papel ativo, de acordo com seus interesses econômicos, promove programas, e subvenções. Assim, a instituição científica suporta as coações tecnoburocráticas estatais, de grandes aparelhos econômicos, mas estes órgãos, não são guiados pelo espírito científico, eles apenas utilizam os poderes que a investigação científica lhes dá, e muitas vezes, sem uma crítica real da conjuntura social (MORIN, 2003).
O papel da ciência e as questões éticas que envolvem o conhecimento científico e sua regulação, reforçam questionamentos inerentes a vida em sociedade e as articulações que chegam nos espaços educativos. Se a sociedade está tecnologizada, mergulhada em máquinas, espaços virtuais, redes, se essa estrutura sofrer um colapso, entraremos em colapso automaticamente? A vida hoje é dependente ou aliada da questão tecnológica? Sobreviremos? Nos reinventaremos?
 Morin (2003) reverbera sobre o grande desafio do ponto de vista do conhecimento, do aprender, do ensinar, sobre a importância de isolarmos a noção de tecnologia e suas relações com a sociedade, com a técnica, com o Estado, e esquecemos das consequências desse processo. Sem a crítica, sem reflexão, estamos fadados à cegueira. Parece pertinente observar que:

A ciência, segundo Morin (2003, p.53), “[...] tem quatro pernas independentes entre si: empirismo e racionalismo, imaginação e verificação”. O progresso da ciência ocorreu em função da dialógica complexa permanente, complementar e antagonista entre suas quatro pernas. Morin diz que “no dia em que andar sobre duas pernas, ou tiver uma perna só, a ciência desabará (Ibid., p.190).

Desta forma, o grande dilema, aplica-se ao fato de que podemos estar usando a tecnologia em todos os nossos esquemas de trabalho, de vida social, de concepção de homem, adotando um o predomínio técnico na formação do cidadão, entretanto, não seguimos enquanto pessoas, a lógica matemática de máquinas artificiais, não somos programados linearmente. Somos seres complexos, ecológicos, espirituais, integrados.  
A complexidade, a desordem, os conflitos e os processos humanos não são compreendidos na singularidade de códigos digitais. Ressalta-se a necessidade de se repensar os contextos entre tecnologia e sociedade, nos questionarmos sobre o conhecimento e suas relações tecnológicas, a caminhar com cuidado e ética na análise epistêmica sobre os rumos de uma sociedade tecnologizada. Como explica Morin (2003), talvez já possamos, ou não tenhamos, condições de separar o conceito tecnologia do conceito de  ciência.
Por fim, não somos binários, numericamente programados, em zeros e uns. Somos humanamente, gente! Somos capazes:  “ de lutar com palavras, em vez de lutar com armas, isso,  se constitui o fundamento da nossa civilização (Karl Popper).

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. São Paulo: Cortez, 2003.





sábado, 11 de abril de 2020

OS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE COVID 19





 EDUCAÇÃO
EM TEMPOS DE COVID 19: Desafios e reflexões 



Por Marli Dias Ribeiro




Grandes calamidades, guerras, momentos de caos são situações de impacto, mas que podem promover grandes reflexões. Nunca a educação se viu nesses mais de 500 anos, tão desafiada a dar repostas rápidas! Em educação ouvimos que tudo leva muito tempo...O problema é que agora não temos esse longo tempo.

Se por um lado, as redes privadas de ensino, as universidades conseguem alcançar mais de 90% de seus estudantes, as redes públicas, que atendem mais de 80% das crianças e jovens, ainda não tem tecnologia acessível em metade das escolas de ensino fundamental do país. Apenas 46,8% das escolas de ensino fundamental dispõem de laboratório de informática; 65,6% das escolas têm acesso à internet; em apenas 53,5% das escolas a internet é por banda larga (Censo Escolar 2017-MEC).
As estruturas de ensino a distância que usamos hoje, não chegam com efetividade pedagógica na educação infantil e no ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, pois os estudantes podem não possuir autonomia para realizarem as atividades sozinhos, e necessitam de acompanhamento, tutoria ou ajuda da família.
Ainda, a Educação Básica brasileira, no que tange ao Ensino Fundamental, não prevê a modalidade de Educação a Distância. Nenhuma legislação, tais quais a Constituição Federal de 1988; a Lei Nº 9.394 de 1996 – Lei das Diretrizes e Bases; Plano Nacional de Educação – PNE, as Diretrizes Pedagógicas da Educação à Distância cujo Decreto N. º 2.494, de 10 de fevereiro de 1988 regulamentam a adoção para crianças e jovens da EAD. Um paradoxo da rede pública que não acompanha a sociedade do conhecimento e da tecnologia, nem mesmo nas legislações. A nova BNCC, traz algum avanço, mas a materialização ainda está a passos vagarosos.
Atender com qualidade nossos estudantes não se restringe, simplesmente, a ampliar o contexto de educação a distância. O fato é que essa crise deve nos ensinar a criar e organizar novas condições de aprendizagem, alfabetizar nossas crianças, investir em condições de infraestrutura nas escolas, ao menos, como ação preventiva para calamidades futuras!
O Coronavírus está nos mostrando, que em educação, não existem invenções mirabolantes. Não resolverá encher as caixas de e-mails dos pais, enviar listas de atividades desregradas. Cultura de acompanhamento pedagógico, famílias e estudantes leitores, não aparecem em um passe de mágica, mas dependem de políticas públicas e investimentos em educação a longo prazo.

Talvez, essa complexa realidade, nos ensine que a escola é importante, o professor é importante. Que a escola, é casa,é aconchego, é sobrevivência para muitos. Que a educação ultrapassa os muros da escola, que educadores bem formados, são essenciais para o país, que cada educador todos os dias, atende todas as vulnerabilidades sociais, os jovens e as crianças invisíveis da virologia da exclusão social. Por fim, educação é vida, a escola é vida, ela é mais que listas de tarefas, e de plataformas. Esperamos novos aprendizados para enfrentarmos essa trajetória sem reforçar as grandes desigualdades de nosso país. Que a nova pandemia seja a da educação e que não nos falte muita coragem.


domingo, 15 de março de 2020

INDICADORES NA EDUCAÇÃO ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


INDICADORES NA EDUCAÇÃO
ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES A SABER


Os indicadores educacionais atribuem valor estatístico à qualidade do ensino, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos, mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas. Eles são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos. Dessa forma, contribuem para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola ( MEC/INEP)


            O uso de indicadores é assunto pouco debatido entre educadores . Entretanto, ele é uma constante no planejamento de políticas públicas para a educação. Seu conceito envolve bases importantes para as decisões que afetam o cotidiano escolar, sendo relevante conhecer os aspectos principais  sobre o seu uso, as suas finalidades, e que eles  podem  para facilitar as ações de acompanhamento de projetos, programas, e  tomadas de decisões na educação. 

     O indicador mais conhecido na área educacional é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB. O IDEB  ao longo de dez anos tem se consolidado como base no planejamento educacional.  Mas o que dizem os especialistas sobre um indicador?  Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzales (2009),


O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa empiricamente sobre a evolução do aspecto/fato, observado (Ferreira, Cassiolato e Gonzales , 2009).


         Para Rua (2004), indicadores são medidas que expressam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, serviço, produto ou organização. Magalhães (2004)  define indicadores  como  abstrações ou parâmetros representativos, concisos, fáceis de interpretar e de serem obtidos, usados para ilustrar as características principais de determinado objeto de análise. Esses autores corrobam com o fato de que os indicadores auxiliam de forma objetiva a evolução de um fato ou objeto de análise.

         Por outro lado, para Rua (2004), Jannuzzi (2005) e Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009), apontam que existem propriedades dos indicadores ditas essenciais, ou seja, aquelas que qualquer indicador deve apresentar e devem ser consideradas como critérios de escolha, independente da fase do ciclo de gestão em que se encontra a política sob análise (Planejamento, Execução, Avaliação etc.). Essas propriedades são:

Utilidade: Deve suportar decisões, sejam no nível operacional, tático ou estratégico. Os indicadores devem, portanto, basear-se nas necessidades dos decisores;
Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo;
Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação;
Disponibilidade: os dados básicos para seu cômputo devem ser de fácil obtenção.

         Jannuzzi (2005), acrescenta que os indicadores podem ser divididos em grupos de acordo com sua posição no planejamento:

Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados, ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem utilizados pelas ações de governo. São exemplos médicos/mil habitantes e gasto per capita com educação;

Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados como, por exemplo, o percentual de atendimento de um público-alvo e o percentual de liberação dos recursos financeiros;

Produto (depois): medem o alcance das metas físicas . São medidas que expressam as entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. São exemplos o percentual de quilômetros de estrada entregues, de armazéns construídos e de crianças vacinadas em relação às metas estabelecidas;

Resultado (depois): essas medidas expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no público-alvo decorrentes das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm particular importância no contexto de gestão pública orientada a resultados. São exemplos as taxas de morbidade (doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios;

Impacto (depois): possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo prazos. Na maioria dos casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo (veja Figura 8). São
Exemplos o Índice Gini de distribuição de renda e o PIB per capita.

         Por fim, este texto não esgota o tema. Parece ser indicativo que no campo da educação se conceba indicadores sólidos e que mais debates circundem o assunto. Afinal, quando pensamos em planejar a educação pública é relevante considerar indicadores que busquem melhorar continuamente os programas e projetos desenvolvidos. Construir indicadores com a preocupação de acompanhar efetivamente processos e rotinas que nas tomadas de decisão são válidos e confiáveis, podem contribuir significativamente para garantir resultados robustos à sociedade, e em nosso caso, à educação de qualidade que almejamos para todos os estudantes.


JANNUZZI, P. M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista do Serviço Público. Brasília: ENAP, 2005.

LINDBLOM, C. E. Muddling through 1: a ciência da decisão incremental. In: HEIDEMANN, F. G.; SALM, J. F. (Orgs.). Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: UnB, 2010.

MAGALHÃES, M. T. Q. Metodologia para desenvolvimento de sistemas de indicadores: uma aplicação no planejamento e gestão da política nacional de transportes. (Dissertação Mestrado). Brasília: UnB, 2004.

RUA, M. G. Desmistificando o problema: uma rápida introdução ao estudo dos indicadores. Brasília: ENAP, 2004.

FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Uma experiência de desenvolvimento metodológico para avaliação de programas: o modelo lógico do programa segundo tempo. Texto para discussão 1369. Brasília: IPEA, 2009.
IMAGEM: http://www.deolhonosplanos.org.br/uso-dados-indicadores-planos-educacao/

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

10 DICAS DE COMO ORGANIZAR EVENTOS DE SUCESSO EM SUA ESCOLA





10 DICAS  PARA

ORGANIZAR ENCONTROS

        Marli Dias Ribeiro

Realizar eventos formativos, encontros e diversas atividades na escola exigem uma organização criteriosa. Afinal, queremos oferecer a comunidade sempre o melhor de nossa escola. Por isso,seguem algumas dicas para facilitar essa empreitada...

1. Defina o  conceito do evento ( palestra, oficina, encontro, fórum, roda de conversa, Workshop, etc). Lembre-se, cada evento tem dinâmica diferenciada, escolha com cautela.


2.  Tenha um tema claro. Que temática será abordada ? É relevante? Que problema ela pretende resolver? Existe público específico?

3.      Marque o local. Quando e em que local? A estrutura  deve ser adequada, confortável e ligada ao tipo de evento que será realizado. 
Confirme o  espaço e  a estrutura com antecedência, visite e sinta o espaço.

4.  Defina o que quer alcançar. Qual o objetivo? Seu objetivo deve ser claro e com foco em  meta a ser alcançada. Tenha  em mãos seu plano de ação ou planejamento.
5.   Que público quer atingir? Idade, especificidades, interesses, características. ( Quantos, quem, o espaço comporta?)

6.      Organize os detalhes. Como funcionará?  Indicar uma pauta organizada de cada ação a ser realizada ( acolhida, as atividades, a avaliação, a participação do público). Atente-se ao fato de que atividades sem protagonismo e engajamento da plateia-público  não são interessantes. Sem roteiro detalhado podem ocorrer falhas. Mas lembre-se, imprevistos podem surgir mesmo com o planejamento conferido, então... tenha estratégias coringas!

7.    Convide. Envie oficialmente o convite, comunicado. Ainda é elegante, mesmo em tempos de contatos virtuais receber convites impressos, ligações de confirmação. É um plusss... CONFIRA SEMPRE! Os convidados receberam? 

8.   Reforce a divulgação (branding) do seu evento! Faça as chamadas virtuais,  ou impressas. FALE com seus pares, espalhe a notícia. Busque meios variados de divulgação.

9.     Faça a sensibilização, a formação e repasse o planejamento com seus pares. Organize o grupo de colaboradores/equipe  que irá trabalhar nas  atividades.

10.  Comemore com sua equipe. Depois de organizar com amor, zelo e carinho cada passo do evento, não esqueça de celebrar!  Tenho certeza que será um sucesso. 

E se você tem alguma dica que considera importante, vamos acrescentar, nos escreva,  contribua nos comentários.



domingo, 8 de setembro de 2019

SAEB 2019 : DICAS E NOVIDADES




NOVIDADES DO SAEB  2019


Por Marli Dias Ribeiro




A previsão é que mais de sete milhões de estudantes, professores e diretores participem da avaliação. A aplicação nas escolas públicas e em uma amostra de escolas privadas das 27 unidades da Federação será entre 21 de outubro e 1º de novembro deste ano ( INEP).


É importante que as instituições de ensino estejam atentas ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2019. 
O SAEB é composto por um conjunto de avaliações externas de larga escala, essas avaliações  permitem que se faça um diagnóstico da educação básica brasileira, a partir de fatores que possam interferir no desempenho do estudante, e fornecem  um indicativo sobre a qualidade do ensino ofertado nas escolas e nas redes de ensino( INEP).

Outro aspecto importante é que o  SAEB permite  que os níveis governamentais avaliem a qualidade da educação praticada no país, colaborem para que os estados façam a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas, com base em evidências colhidas diretamente nas instituições.
Criado em 1990 várias mudanças foram acontecendo, mas em 2019 uma das grandes novidades é que as siglas ANA, Aneb e Anresc deixaram  de existir e todas as avaliações passaram a ser  identificadas pelo Saeb. Vejam mais algumas mudanças importantes:
  • ·         A sigla Saeb será única para melhor assimilação do Sistema de Avaliação da Educação Básica.
  • ·         A identificação das avaliações do Saeb será por  etapa da Educação Básica.
  • ·         Inclusão da Educação Infantil será avaliada a partir do acesso e da oferta.
  • ·         Referência para avaliação da alfabetização – passa do 3º para o 2º ano do Ensino Fundamental.
  • ·         A aplicação das provas para estudantes de 3º ano do ensino fundamental deixa de existir.
  • ·         Amostra de estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental para avaliar Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
  • ·         A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) passa a ser referência na formulação dos itens do 2º ano (Língua Portuguesa e Matemática) e do 9º ano (Ciências da Natureza e Ciências Humanas).
  • ·         Secretários municipais e estaduais também responderão a questionários eletrônicos.
Organizar a escola para participar das avaliações é importante, pois a prova faz parte da composição da nota do IDEB. Além de ser um indicador importante para a escola não participar, pode gerar lacunas no acompanhamento do desempenho escolar. Por meio da proficiência, ou seja , do  desempenho obtido, a escola pode identificar  as competências e as habilidades que os estudantes  demonstram ter desenvolvido ou não.
Cabe a toda comunidade escolar legitimar a cultura da avaliação, não como um sistema de classificação,  mas como uma estratégia de acompanhamento e monitoramento de toda comunidade. 
Por fim, negar a importância das avaliações é também suprimir a chance  de compreender parte dos processos de aprendizagem dos estudantes, é fechar-se à oportunidade de redirecionar o planejamento, a prática pedagógica  e estabelecer novas ações e projetos com foco nas fragilidades identificadas. 
Por isso, faça parte, participe e acompanhe as avaliações de sua escola. O ato de avaliar a aprendizagem na escola é um meio de tornar a ação  de ensinar e aprender produtiva ( Luckesi, 2011).






segunda-feira, 29 de julho de 2019

Técnicas de aprendizagem: Um CURIOSO TOP 8



Técnicas de aprendizagem

Um CURIOSO TOP 8



              Dados de uma pesquisa da Revista Científica Psychological Science in the Public Interest, realizada em 2013, mostraram técnicas comuns de aprendizagem e seus resultados para os estudantes. Cabe ressaltar que o estudo apenas indica as principais formas de aprender e que a aprendizagem adquire ritmos e formas diferentes, para grupos de sujeitos em determinados contextos, assim, todas as formas de estudo são válidas e podem existir variações. Mas, nada impede que façamos um TOP 8 com esses dados:



1) Prática distribuída (alta eficiência) A prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só. Pesquisas mostram que o tempo ótimo das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia. A prática também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.


2) Teste prático (alta eficiência). Simular é o melhor caminho. Realizar testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas. Recomendação é fazer toneladas de exercícios sobre o que está estudando, variadas formas e tipos de questão. Praticar é tudo.

3) Estudo intercalado (eficiência moderada) O estudo intercalado é o que chamamos de rotação de matérias. A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdo de uma maneira mais aleatória. Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas). O principal benefício da intercalação é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.

4) Auto explicação (eficiência moderada) A auto explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo. O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.

5) Interrogação elaborativa (eficiência moderada) A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros. O estudante deve concentrar-se em perguntas do tipo “Por quê? ”, em vez de “O quê? ”.Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.

6) Resumos (eficiência baixa). Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias sempre foi uma técnica quase intuitiva de aprendizagem. Porém, o estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas. Embora tenha sido classificado como de utilidade baixa, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos.

7) Visualização (eficiência baixa). Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação à memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva. Surpreendentemente, a transformação das imagens mentais em desenhos também não demonstrou aumentar a aprendizagem e ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefícios da imaginação. Isso não invalida completamente o uso de mapas mentais para estudos, já que esses consistem além de desenho uma conexão de ideias e conceitos. De qualquer maneira, o resultado do estudo é que a visualização não é uma técnica tão efetiva para provas que exijam conhecimentos interpretativos de textos.

8) Mnemônicos (eficiência baixa). Segundo o dicionário Houaiss, mnemônico é algo relativo à memória; que serve para desenvolver a memória e facilitar a memorização; fácil de ser lembrado. Porém, apenas repetir e repetir, não tem muita vantagem. Memorização e decorebas, repetições decoradas, nem sempre funcionam.

Enfim, identificar o que melhor se adapta para cada sujeito, usar alternativas variadas pode ajudar...
Bons aprendizados para todos!


Fonte: Revista Científica Psychological Science in the Public Interest,


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