quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

 


Natal: Tempo de Renascer 


Cristo pode nascer mais de duas mil vezes no Natal, mas se ele não estiver nascido em nós e em nossas casas, tudo terá sido em vão!

Precisamos estar grávidos de paz, esperança e humanidade! 

Ele nasceu para ser o Deus que se fez e se faz humano para sentir o outro! 

Por isso, grandes banquetes, presentes caríssimos, luzes, roupas finas são um

paradoxo à simplicidade do Santo Presépio! 

Porque nele, o amor sempre se sobrepôs ao poder e ao ter! 

Assim, o Rei nasceu em meio ao simples. 

Neste espírito, desejo que toda simbologia da festa de Natal nos ilumine com a alegria do Espírito Santo encarnado em uma criança! 

Que Sagrada Família possa abençoar, você e todos nós!

Que em um mundo de dores e guerras, fome e doenças, a estrela de Belém nos mostre caminhos para novos tempos de esperança e fé!

Que possamos renascer com Cristo nesta noite de luz! 

Feliz Natal hoje e sempre!



Prof. Dra. Marli Dias Ribeiro

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Equidade na Educação: um Caminho para evitar a Cultura do Fracasso Escolar/Pedagogia do Fracasso Escolar

Equidade na Educação: um Caminho para evitar a Cultura do Fracasso Escolar (Pedagogia do Fracasso Escolar)


Por Marli Dias Ribeiro

A equidade na educação refere-se à abordagem que busca fornecer a cada aluno os recursos e oportunidades de que precisa para alcançar seu potencial máximo. Diferente da igualdade, que implica tratar todos da mesma forma, a equidade reconhece que os estudantes chegam à escola com diferentes histórico, experiências e necessidades. Essa compreensão é fundamental para promover uma educação inclusiva e eficaz.
A cultura do fracasso escolar pode ser entendida como um ambiente onde os alunos, em vez de serem incentivados a alcançar seus objetivos, frequentemente enfrentam obstáculos que os levam a desistir ou a não se envolver em seu próprio aprendizado. A falta de equidade nas instituições educacionais frequentemente alimenta essa cultura, criando barreiras para aqueles que já estão em desvantagem, seja por razões socioeconômicas, raciais, culturais ou outras.


Foto: Lançamento do livro - O menino da última carteira - Stefano Pessoa
Por que a Equidade é essencial?
1. Reconhecimento da Diversidade: As salas de aula são compostas por alunos com diferentes capacidades, ritmos de aprendizado, estilos e contextos de vida. A equidade permite que cada um seja visto e tratado como um indivíduo, promovendo um ambiente onde todos têm a chance de brilhar.
2. Apoio Direcionado: Ao identificar as necessidades específicas de cada aluno, as escolas podem implementar intervenções personalizadas. Isso pode incluir tutoria, recursos adicionais e estratégias de ensino adaptadas, crucial para evitar que alunos com dificuldades se sintam isolados ou marginalizados.
3. Promoção de um Ambiente Inclusivo: Um sistema educacional que prioriza a equidade promove um clima de inclusão e pertencimento. Isso não apenas aumenta a autoestima dos alunos, mas também cria um senso de comunidade, onde todos se sentem valorizados e motivados a se engajar.
4. Redução das Taxas de Abandono: Investir em práticas equitativas ajuda a reduzir o abandono escolar. Quando os alunos sentem que suas necessidades estão sendo atendidas, eles são mais propensos a permanecer na escola e a se esforçar para alcançar o sucesso.
5. Preparação para o Futuro: A educação equitativa prepara os alunos para serem cidadãos ativos e engajados. Ao garantir que todos tenham acesso ao aprendizado de qualidade, a sociedade na totalidade se beneficia, pois forma indivíduos capazes de contribuir de forma significativa.
6. Desafios Estruturais: Para promover a equidade, é importante que as instituições educacionais também abordem as desigualdades estruturais presentes na sociedade. Isso implica um compromisso contínuo com a justiça social, trabalhando para eliminar as barreiras que afetam o acesso e a qualidade da educação.
Em resumo, a equidade na educação é uma necessidade fundamental para evitar a cultura do fracasso escolar. Ao reconhecer e atender às diversas necessidades dos alunos, as escolas não só promovem um aprendizado mais eficaz, mas também cultivam um ambiente onde todos possam prosperar. A verdadeira transformação educacional começa quando nos comprometemos a garantir que cada indivíduo tenha a oportunidade de alcançar seu pleno potencial, independentemente de suas circunstâncias iniciais. A construção de uma educação equitativa é, portanto, uma responsabilidade coletiva, essencial para o futuro de nossas crianças e da sociedade.

Mais sobre este tema: O menino da última carteira: da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar - Livro de Marli Dias Ribeiro


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação

 

A Distorção Idade-Série no Brasil: Um Desafio para a Educação


Marli Dias Ribeiro 

        A distorção idade-série é um problema educacional persistente no Brasil, caracterizado pela discrepância entre a idade cronológica do estudante e a série que ele frequenta. Em outras palavras, trata-se de uma situação em que um aluno está em uma série escolar acima ou abaixo daquela correspondente à sua idade. A educação é um direito de todos e a distorção idade-série é um obstáculo que impede muitos jovens de alcançar seu pleno potencial. Suas causas, consequências e impactos precisam ser conhecidos para que o enfrentamento seja adequado. 

Causas da distorção idade-série:

  • Repetência: A repetição de séries é um dos principais fatores que contribuem para a distorção idade-série. Diversos fatores podem levar à repetência, como dificuldades de aprendizagem, problemas socioeconômicos, falta de acompanhamento familiar e até mesmo falhas no sistema educacional.
  • Entrada tardia na escola: Crianças que ingressam na escola após a idade recomendada, seja por questões socioeconômicas ou por outros motivos, tendem a apresentar maior dificuldade em acompanhar o ritmo da turma e, consequentemente, a distorcer a idade-série.
  • Abandono escolar: O abandono escolar, seguido de um retorno posterior, também pode gerar distorção idade-série. Ao retornar aos estudos, o aluno pode precisar ser realocado em uma série inferior à que corresponderia à sua idade.

Consequências da distorção idade-série:

  • Dificuldades de aprendizagem: A distorção idade-série pode gerar sobrecarga ou, por outro lado, desmotivação e dificuldades de aprendizagem para o aluno.
  • Baixa autoestima: A sensação de não estar no lugar certo e de não acompanhar os colegas pode afetar a autoestima e o desenvolvimento social do estudante.
  • Evasão escolar: A distorção idade-série pode aumentar o risco de evasão escolar, uma vez que o aluno pode se sentir desmotivado e deslocado do ambiente escolar.
  • Desigualdade social: A distorção idade-série está frequentemente associada as questões socioeconômicas, perpetuando desigualdades sociais e dificultando a ascensão social.

Impactos para a sociedade:

  • Diminuição da qualidade do ensino: A presença de alunos com diferentes níveis de desenvolvimento em uma mesma sala de aula pode dificultar o trabalho do professor e comprometer a qualidade do ensino.
  • Perda de talentos: Alunos com alto potencial podem ser prejudicados pela distorção idade-série, perdendo oportunidades de desenvolvimento e contribuição para a sociedade.
  • Custos sociais e econômicos: A distorção idade-série gera custos sociais e econômicos elevados, relacionados à necessidade de oferecer suporte aos alunos com dificuldades, à perda de mão de obra qualificada e à perpetuação da desigualdade social.

Medidas para combater a distorção idade-série:

  • Prevenção da repetência: É fundamental investir em políticas e programas que visem à prevenção da repetência, como o fortalecimento da formação de professores, a oferta de atividades de recuperação paralela e o acompanhamento individualizado dos alunos.
  • Flexibilização curricular: A flexibilização curricular pode permitir que os alunos avancem em seus estudos de acordo com seu próprio ritmo, evitando a retenção e a distorção idade-série.
  • Atendimento aos alunos com dificuldades: É preciso oferecer suporte aos alunos com dificuldades de aprendizagem, por meio de programas de reforço escolar, atendimento especializado e recursos pedagógicos adequados.
  • Combate ao abandono escolar: A prevenção do abandono escolar é fundamental para reduzir a distorção idade-série. É preciso criar um ambiente escolar acolhedor e motivante, além de oferecer programas de apoio socioemocional aos alunos.

        A distorção idade-série é um problema complexo que exige ações coordenadas de diversos atores sociais, como governo, escolas, famílias e comunidade. Ao investir em políticas públicas eficazes e em práticas pedagógicas inovadoras, é possível reduzir significativamente a distorção idade-série e garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes.

        


Imagem: Editora CRV

Para saber mais, conheça a obra: O menino da última carteira: da invisibilidade a superação da Pedagogia do Fracasso Escolar - Editora CRV - Marli Dias Ribeiro 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Sobre o livro : O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar

 

Sobre o livro: O menino da última carteira, da invisibilidade à superação da Pedagogia do Fracasso Escolar 


                                      Danilo Ribeiro de Sousa

  

Imagem: Editora CRV

Você sabia que muitos estudantes estão sendo prejudicados pela distorção idade-série, atraso escolar ou defasagem entre a idade e o ano de estudo?

 Essa diferença entre a idade ideal para uma série e a idade real do aluno pode afetar diretamente seu desempenho escolar e suas perspectivas de futuro. Mas a boa notícia é que existem  soluções para esse problema! Soluções criativas e colaborativas.

O livro escrito pela Doutora em Educação Marli Dias Ribeiro  mostra a partir de um estudo que a gestão democrática nas escolas é fundamental para reduzir a distorção idade-série.

 Ao envolver todos os membros da comunidade escolar – diretores, professores, alunos e famílias – na tomada de decisões, é possível identificar as causas desse problema e encontrar soluções personalizadas para cada realidade.

Mas como a gestão democrática pode ajudar?

  • Diálogo e participação: ao promover um ambiente de diálogo aberto, a escola cria um espaço seguro para que todos expressem suas opiniões e necessidades.
  • Identificação das causas: através da participação de todos, é possível identificar as causas da distorção idade-série, como dificuldades de aprendizagem, problemas sociais ou falta de recursos.
  • Criação de soluções personalizadas: com base nas causas identificadas, a escola pode desenvolver projetos e ações específicas para atender às necessidades de cada aluno.
  • Empoderamento da comunidade escolar: ao envolver a comunidade, a escola fortalece o sentimento de pertencimento e responsabilidade de todos pela educação.

O que podemos fazer?

  • Implementar a gestão democrática: é fundamental que as escolas promovam a participação de todos na tomada de decisões.
  • Apoiar iniciativas que combatam a distorção idade-série: buscar informações sobre projetos e programas que visam reduzir essa desigualdade.
  • Divulgar a importância da gestão democrática para mitigar o fracasso escolar: compartilhar e informações sobre o tema em suas redes sociais.

Essa obra é um escrito importante que evidencia como podemos construir escolas mais justas e democráticas, onde todos os alunos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver na idade certa. É uma leitura obrigatória para quem deseja promover uma educação participativa.  Leiam, divulguem e se mobilizem para que nenhum estudante fique para trás. 


Adquira o seu exemplar em: https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/38914-o-menino-da-ultima-carteira-brda-invisibilidade-a-superacao-da-pedagogia-do-fracasso-escolar?srsltid=AfmBOoqfHMzvcEDQ0IPC0JnCUrxmZu1oq9Q1m4r8XZ96fNzO4GQFm-DJ


terça-feira, 21 de maio de 2024

Nas trilhas com o Lobo Guará: Construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série




Nas trilhas com o Lobo Guará


Se não posso estimular sonhos impossíveis, não devo
negar o direito de sonhar com quem sonha.
Paulo Freire



                                                                          Por Marli Dias Ribeiro e Lucicleide Araújo
 


    O livro “Nas trilhas com o Lobo-Guará” reúne ensaios inéditos de escrita criativa sobre os processos de ensino e aprendizagem, construtores de saberes e semeadores de sonhos de toda a comunidade escolar do Centro de Ensino Médio do Guará. É um livro que foi pensado e elaborado de modo detalhado e com muito carinho pelos pesquisadores do Projeto Líber – Laboratório Interdisciplinar de     Metodologias Educacionais – juntamente com a equipe gestora. É uma fonte de expressão das experiências vivenciadas, bem-sucedidas e que provocaram transformações profundas nos sujeitos que trilharam o chão da escola. Elaborado por meio de uma linguagem simples, criativa, o livro é a expressão mais pura e genuína da sabedoria vivida pela comunidade. Construção histórica das pessoas que trilharam caminhos, perpassando dificuldades, desafios, mas que fizeram história e deixaram as suas marcas, acreditando na máxima da não existência de estudantes fracassados, movidos sempre por uma certeza esperançosa de que a Educação é o instrumento de transformação. 

    O livro pretende a desafiadora tarefa de apresentar a distorção idade-série a partir do ponto de vista de quem a experienciou, seja como estudante, como professor/a, como gestor/a, como comunidade. Trata-se de uma construção de saberes, de vida e de sonhos que procurou caminhar fora de uma ótica de padrões e de contornos convencionais, do que ordinariamente é publicado acerca do atraso escolar, que afeta um número expressivo de estudantes da Educação Básica. 

Os autores que fazem parte da obra se uniram e se reuniram para ampliar a liberdade do fazer pedagógico, do refletir e do pensar a educação mediante a evidência de suas narrativas, histórias de vida reais e sonhos permeados de fertilidade, de significado e de sentido. A preocupação em relação às técnicas apuradas parou na sombra da lobeira, mas a sensibilidade das vivências nos arrancou do descanso. E como ensina Larrosa (2021)12, buscamos dignificar a experiência, não coisificá-la, retirar o dogmatismo e pensar que toda experiência nasce a partir da paixão e não da ação. 

    Assim, apaixonados, seguem pelas trilhas apresentadas os saberes constituídos para indicar possibilidades de encantamento pela educação e pela vida. Toda a constituição da obra teve como fonte de inspiração a Pedagogia Alpha, no sentido que de nossa presença teve também como pressuposto um encontro dialógico, e como finalidade a formação de professores, sustentável e sensível, e o processo pedagógico, comprometido, competente e transformador (Síveres, 2019).

1 LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

Coleção: Experiência e Sentido.

2 SÍVERES, L. Pedagogia Alpha. Presença, proximidade, partida. Curitiba: Publishing, 2019.


Link da obra completa: Nas trilhas com o Lobo Guará: construindo saberes e semeando sonhos na perspectiva da distorção idade-série


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

SOBRE PESADELOS E SONHOS

 SOBRE PESADELOS E SONHOS

Marli Dias Ribeiro 





Sonhos...


Penso ser mais agradável iniciar pelos pesadelos, pois

prefiro encerrar a escrita com bons sonhos, utopias de quem

imagina ser a educação um belo sonhar. Uma utopia que acredita

na teoria aprendida na universidade como uma prática possível.

Talvez exista uma necessidade urgente em se pensar e entender o

que nós educadores estamos comunicando aos nossos alunos, aos

nossos companheiros de trabalho, às nossas comunidades

escolares. 

De fato, as incertezas, e a fluidez desse mundo pós-

moderno que nos é apresentado, “o espanto e o encanto” das 

informações oferecidas em alta velocidade, em apenas um

clique, um toque, e abre-se a realidade. Esses movimentos

incontroláveis nos empurram, ou, se não, deveriam empurrar a

questionar nossas práticas. Todavia, a escola que temos e o

trabalho que realizamos não estão sustentando as nossas dúvidas.

E seguimos a transitar, ora pela sombra, pelo velho e sólido

mundo, ora pelo novo e líquido tempo (BAUMAN, 2001).


Trecho da obra: Por uma escrita rebelde no stricto sensu de Marli Dias Ribeiro 

  Natal: Tempo de Renascer  Cristo pode nascer mais de duas mil vezes no Natal, mas se ele não estiver nascido em nós e em nossas casas, tud...

LEIAM TAMBÉM...